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Referee Michael Oliver Arsenal 2018Julian Finney/Getty

PL Brasil: Como funciona a arbitragem profissional na Inglaterra?

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Por Leandro Colombo - Premier League Brasil


Tal como a dos goleiros, podemos dizer que a vida de um árbitro de futebol também é ingrata. Dentro de campo, em meio aos 22 protagonistas, eles são sempre coadjuvantes. Isso até que haja um lance polêmico, da qual é sempre dele a missão de decidir.

Na Terra da Rainha, claro, não é diferente. Sabemos que a Football Association, entidade que controla o futebol na Inglaterra, ainda não aderiu à tecnologia VAR, o que rende acalorados debates em meio ao constante desenvolvimento das ligas nacionais.

Entretanto, pelo menos em solo inglês, e apesar de frequentemente a discussão sobre a implantação do VAR voltar à tona sempre que ocorre um lance duvidoso, em qualquer partida que seja, é possível afirmar que a arbitragem inglesa mantém um bom nível de atuação.

Essa regularidade profissional se dá, em grande parte, graças à PGMOL (Professional Game Match Officials Limited, algo próximo a “Árbitros de Jogos Profissionais Limitada”), entidade fundada em 2001 e financiada pela Premier League, Liga Inglesa de Futebol (EFL) e Football Association (FA).

A PGMOL foi criada para “melhorar os padrões de arbitragem inglesa”. Atualmente, a organização treina, desenvolve e orienta 109 árbitros e 206 árbitros assistentes, e é dirigida por Mike Riley (ex-árbitro) e uma equipe de gerentes e outros treinadores.

Mike RileyGetty ImagesO ex-árbitro Mike Riley (Foto: Getty)

Das centenas de árbitros associados, atualmente (temporada 2017/18) 21 deles formam o “Select Group”, o que concede a eles a nomeação como profissionais de arbitragem em tempo integral, assinando um contrato de um ano de duração.

Basicamente, e geralmente em duas oportunidades a cada mês, os árbitros do Select Group se reúnem para realizar sessões de treinamento físico e técnico e analisar suas próprias e outras performances por meio de gravações de partidas.

Para medir o desempenho técnico dos árbitros com contrato profissional da PGMOL, um ex-árbitro sênior, com a ajuda do software “ProZone”, analisa cada decisão usando a sequência de partidas apitadas pelos respectivos árbitros.

Ex-jogadores e delegados das partidas também participam da avaliação, sendo eles diretamente responsáveis por diagnosticar a precisão, consistência das tomadas de decisões e o controle da partida por parte dos donos do apito.

Coluna PL Brasil 03062018(Foto: Reprodução)

Segundo a própria PGMOL, “existe uma equipe de apoio que espelha a de um clube de futebol: cientistas esportivos, psicólogos esportivos, fisioterapeutas, preparadores físicos, podólogos e cientistas da visão são empregados para melhorar o desempenho dos árbitros”.

E o melhor: apesar de ser essencialmente inglesa, a PGMOL adota e participa de programas de transferência de conhecimento que auxiliam diferentes federações espalhadas pelo mundo.

Atualmente, a PGMOL possui 17 árbitros filiados à FIFA, sendo sete principais e dez auxiliares.

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