O Brasil recebeu uma coleção de estádios novos ou reformados por conta da Copa do Mundo de 2014, mas mesmo assim um dos mais modernos nem fez parte do Mundial conquistado pela Alemanha. Em São Paulo, na zona oeste, o Allianz Parque deve nada a arenas dos gigantes europeus e se tornou a casa de um clube que é sinônimo de tradição: o Palmeiras, que neste domingo completa 104 anos.
Ainda há torcedores que se confundem ao chamar o local de Parque Antártica ou Palestra Itália, os antigos nomes do estádio que ficou sob o Allianz Parque. Foram décadas de vitórias, clássicos, títulos, eliminações, derrotas e toda a história que um time que constroí em sua casa.
Desde que a arena foi inaugurada, a torcida alviverde já festejou no local a Copa do Brasil de 2015 e o Campeonato Brasileiro de 2016. Com Luiz Felipe Scolari no comando, os torcedores palestrinos estão de olho em um amanhã com mais conquistas.
"O Palmeiras com estádio novo e parceria milionária significa um avanço grande na história do clube. Diria que é uma revolução. Tem o Palmeiras antes do Allianz Parque e depois do estádio. O Palmeiras se apequenou ao longo dos anos antes disso tudo. O estádio significa renda, poderio, modernidade e títulos", disse o palmeirense Felipe Oliveira.
E realmente não é porque tem um estádio novo e elenco badalado (com participação da patrocinadora Crefisa) que o Palmeiras esquece suas raízes. É só passear pelo entorno da arena e observar que a influência italiana dos fundadores do clube segue forte também entre a torcida.
Outro exemplo é a Cantina Palestra, restaurante em frente ao Allianz Parque. A parede do estabelecimento de cardápio típico italiano é forrada com referência a ídolos como Marcos e Evair, além de ter réplicas de taças importantes. Quem for ao banheiro vai até escutar narrações de gols históricos da equipe.
"O palmeirense valoriza como poucos os grandes ídolos do clube. Os palmeirenses reconhecem a importância de Ademir da Guia, Dudu, Leivinha, Leão, entre outros heróis da primeira e da segunda academia. Mais recente, teve Evair, Edmundo, César Sampaio, Alex e, claro, o Marcos", afirmou o torcedor alviverde Daniel Gatti.
