
Em quatro anos, a vida de Thiago Silva na Seleção Brasileira mudou bastante. Depois da Copa do Mundo do Brasil, onde ficou marcado por ter se descontrolado emocionalmente na partida contra o Chile, ele passou por momentos bem complicados.
Além de toda a pressão dos 7 a 1, ainda que não estivesse em campo, pois havia sido suspenso, na Copa América, um lance diante do Paraguai, Thiago falhou comprometendo o Brasil na partida. Depois disso, ele deixou de ser convocado pelo técnico Dunga.
Ao que parecia, a história do zagueiro na Verde-Amarela estava em cerrada, mas as coisas mudaram quando Tite assumiu. O novo treinador abriu a porta para jogadores que não estavam mais sendo convocados, como Marcelo, presente logo na primeira lista.

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No entanto, Thiago Silva seguia ausente, para completar Miranda e Marquinhos formaram uma boa dupla e não estavam dando brechas. Mas em setembro de 2016, Tite trouxe o zagueiro do PSG de volta, mas diferente do que estava acostumado ele ficou no banco de reservas.
Por sua história e tudo o que vinha produzindo no PSG, muitos se surpreenderam com a decisão, mas o "monstro" seguiu fora da equipe e foi assim até março de 2018. Sem se queixar ou mostrar qualquer tipo de insatisfação, Thiago soube esperar a sua hora com paciência.
Com mais minutos que Marquinhos na temporada, que vinha de uma simples lesão do PSG, Tite optou por colocar Thiago como titular contra a Rússia, até para dar mais oportunidades ao zagueiro, afinal o amistoso tinha essa inteção.

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Thiago Silva foi muito bem e voltou a ser titular contra a Alemanha, numa excelente atuação da zaga brasileira. A partir daí especulava-se que ele poderia retomar a sua posição na equipe. Na coletiva depois da convocação, o treinador disse que a disputa na posição estava em aberto.
Tite sempre gostou muito de Thiago, para ele, o jogador tem uma inteligência muito grande e é capaz de construir a partir da zaga, o tão usado por ele "zagueiro-construtor", diante dos adversários da primeira fase, com defesas mais fechadas, ele entendeu que precisava do "monstro", como arma para ajudar a abrir as defesas.
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Titular, Thiago começou meio tímido, mas logo assumiu suas responsabilidades, contra a Costa Rica teve grande atuação, mostrando além de excelente posicionamento, força na recuperação. Desarmou, orientou e liderou, aliás, no momento de maior pressão ele voltou a ser capitão e teve uma postura que impressionou a comição técnica.
Agora, mais do que nunca, Tite sabe que mesmo que Thiago não leve a faixa todos os dias, ele pode ser a voz de liderança que a equipe precisa. Contra a Sérvia, o camisa 2 será novamente fundamental em um momento mais do que especial na carreira, afinal, é possívelmente a última Copa daquele que é considerado por muitos o melhor zagueiro do mundo.
