A Assembleia Geral da CBF decidiu de forma unânime, nesta quarta-feira (29), pela suspensão por 21 meses de Rogério Caboclo do cargo de presidente da entidade. O então mandatário estava afastado desde o último mês de junho, quando foi acusado de assédio sexual e moral por uma funcionária.
A decisão tem caráter definitivo. Caboclo ainda pode voltar ao cargo em março de 2023, mas faltando apenas um mês para o término de seu mandato e sem considerar outras acusações de assédio feitas contra ele que estão sendo investigadas pela Comissão de Ética da CBF, além de uma investigação do Ministério Público do Trabalho, segundo informações do GE. Ou seja, o retorno de Caboclo à cadeira principal da CBF passou a ser praticamente impossível.
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Entenda o caso
De acordo com matéria publicada pelo GE, uma funcionária da CBF relatou que Caboclo fazia insinuações e perguntas inoportunas e que a constrangia na presença de outros diretores, todos homens. O portal teve acesso às gravações que comprovam Caboclo fazendo tais perguntas. A defesa do dirigente nega as acusações.
"Rogério Caboclo nega veementemente ter cometido qualquer ato de assédio. Embora ele reconheça que houve brincadeiras inadequadas e excesso de intimidade, é preciso deixar claro que essas decorreram do fato de que havia uma relação de amizade entre ambos, que a denunciante esteve várias vezes na casa dele, convivia com sua família e que ambos conversavam com frequência sobre assuntos de natureza pessoal", afirmou, em nota, a defesa de Caboclo ao GE na ocasião.
A situação acabou gerando o afastamento prévio de Rogério Caboclo. Desde então, a CBF já foi comandada por Antônio Carlos Nunes, o Coronel Nunes. Entretanto, no último mês dirigentes da entidade optaram por trocar Nunes por outro vice, Ednaldo Rodrigues, ex-presidente da Federação Baiana de Futebol.
Getty ImagesQuem assume o cargo?
A tendência, ainda segundo o GE, é que Ednaldo siga na cadeira principal para concluir o mandato de Caboclo -- até abril de 2021. De acordo com o estatuto da CBF, as eleições presidenciais da entidade precisam ser convocadas um ano antes do término do mandato vigente. Desta forma, o próximo presidente da CBF será escolhido entre abril de 2022 e 2023.