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Luís Castro Botafogo América-MG Brasileirão 11 09 2022Vitor Silva/Botafogo

O que explica a campanha tão diferente do Botafogo dentro e fora de casa no Brasileirão

Existe uma curiosidade envolvendo o Botafogo neste Brasileirão 2022. A equipe treinada por Luís Castro tem uma das piores campanhas jogando em sua casa, sendo a frustração mais recente o empate sem gols contra o América-MG pela 26ª rodada, mas é um dos visitantes que mais venceram e somaram pontos. Esta realidade de lados absolutos dá esperança pelo que acontece longe do Estádio Nilton Santos, mas vem decepcionando dentro do que acontece na casa alvinegra. Não chega a surpreender que o time seja um dos que, ao mesmo tempo, lutam contra o rebaixamento enquanto até sonham com vaga na Libertadores.

“Os 32 mil torcedores vieram porque reconhecem o nosso trabalho. São muito fiéis ao Glorioso, o que é motivo de satisfação. Trabalhamos para corresponder a essa dedicação deles. Jogar em casa ou em fora, a única diferença é ter mais ou menos torcedores. Mas, para quem vive no futebol, o decisivo é focar naquele retângulo do jogo (...) Todos acham que em casa é para ganhar, e fora pode perder. Eu acho que devemos ganhar em casa e fora”, disse Luís Castro após o empate com o América-MG.

Nas palavras de Luís Castro, está claro que o discurso não diferencia o que deve ser esperado do time dentro ou fora de casa. Mas o que explica as seis derrotas, quatro empates e apenas três vitórias como mandante se longe de casa o Botafogo venceu cinco vezes, empatou outras três e saiu derrotado cinco vezes? Para responder a esta pergunta, levantamos estatísticas junto à Opta Sports e a resposta resumida é a seguinte: quando joga em casa o Botafogo piora bastante o seu desempenho ofensivo.

O que há de parecido: postura com bola no pé

Tchê Tchê Botafogo 2022Botafogo

Um ponto que deve satisfazer ao técnico Luís Castro, e que até chega a impressionar, é a similaridade das estatísticas do Botafogo quando tem a bola no pé dentro e fora de casa. A média de passes certos é praticamente idêntica (80.2% em casa; 80.8% fora), assim como a quantidade que chega até o terço final do campo adversário (1334; 1333).

Jogando em sua casa, os alvinegros encontram uma dificuldade maior para acertar os passes trocados no terço final de seu ataque, o que tem como consequência erros maiores neste setor do campo – o que é normal de acontecer, uma vez que adversários visitantes tendem a atuar mais defensivamente.

Outra curiosidade está no fato de o Botafogo ter média de posse de bola maior como visitante (51.3%) do que em seus domínios (47.4%).

Desperdícios no ataque, o principal culpado

Mas talvez a principal razão técnica que explica esta campanha de extremos do Botafogo no Brasileirão seja o seu ataque, uma vez que na defesa o time sofreu até menos gols do que poderia (12 tentos sofridos em casa de um total de 14.69 esperados, 18 gols sofridos como visitante de um total de 21.68 esperados).

Como mandante o Botafogo finaliza mais do que longe de casa (193 a 173), mas finaliza bem pior: são 56 finalizações certas contra 64 como visitante.

Jeffinho Botafogo América-MG Brasileirão 11 09 2022Botafogo

Levando em consideração apenas jogadas com a bola em movimento, a estatística de gols esperados (xG) é a que melhor demonstra esta dificuldade para transformar boas chances em gols dentro de casa: o Botafogo fez apenas oito gols dentro da expectativa de 12.3 em sua casa. Fora de seus domínios, foram marcados 14 dentro de um xG de 14.17.

Ou seja: para diminuir o nível de decepção que tem causado aos torcedores nos jogos em casa, o Botafogo de Luís Castro precisa parar de desperdiçar tantas oportunidades no ataque. É algo que passa por ter mais calma, menos ansiedade, treino e até mesmo sorte.

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Perguntas frequentes

A primeira edição do Campeonato Brasileiro por pontos corridos foi disputada em 2003, ano em que o Cruzeiro se sagrou campeão.

Não. Em 2003 e 2004, o Campeonato Brasileiro tinha 24 times, número que baixou para 22 na edição de 2005. Desde 2006, 20 equipes participam da Série A do Brasileirão.

Desde 2016, os seis melhores times do Brasileirão garantem uma vaga na Copa Libertadores do ano seguinte, sendo que os quatro primeiros vão diretamente para a fase de grupos e os outros dois disputam a pré-Libertadores.

Considerando toda a história do Campeonato Brasileiro, Roberto Dinamite, com 190 gols em 328 jogos, é o maior goleador da competição.