Tite marcou presença em dois dos jogos de ida destas quartas de final da Champions League. Esteve longe da área técnica, já que a missão era a de observar jogadores brasileiros em meio a estes meses que antecedem a Copa do Mundo de 2022, mas pôde acompanhar, com a riqueza de detalhes que só um jogo dentro do estádio permite, ao desempenho de alguns de seus selecionáveis.
No final das contas, avançaram para as semifinais os seguintes times: Real Madrid, Villarreal, Liverpool e Manchester City. Ficaram pelo caminho o Chelsea, que tem no zagueiro Thiago Silva o único brasileiro selecionável para Tite, Atlético de Madrid (do zagueiro Felipe e de Matheus Cunha, que vêm recebendo chances com a amarelinha, além de um Renan Lodi que ainda sonha com uma vaga na lateral-esquerda), o Benfica (cujo único brasileiro com mais chances de seleção, Lucas Veríssimo, estava lesionado) e um Bayern sem jogadores do nosso país.
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É possível produzir vários materiais e emitir inúmeras opiniões sobre o que aconteceu nas quartas de final da Champions, mas, já que estamos em ano de Copa do Mundo, é impossível não perguntar: o que o resultado até aqui pode nos dizer sobre seleção brasileira?
O veredicto não chega a ser uma enorme surpresa para quem acompanha de perto os jogos da equipe de Tite: a segurança defensiva é o ponto alto, enquanto a estrutura de ataque ainda nos permite algumas dúvidas.
O que nos passa confiança na defesa? As presenças dos goleiros Alisson (Liverpool) e Ederson (Manchester City) nas semifinais, ao lado do zagueiro Éder Militão (Real Madrid) e de, sempre ele, Casemiro (Real Madrid) e seu excelente equilíbrio entre a proteção defensiva e as boas chegadas ao ataque. Fabinho, do Liverpool, é outra opção no meio-campo que segue passando segurança.
No ataque, Vinícius Júnior continua demonstrando o poder decisivo que o torna o melhor atacante brasileiro do futebol europeu nesta temporada. O ponta-esquerda decidiu no mata-mata contra o Chelsea e, dentre os nossos selecionáveis, é quem mais soma gols e assistências (8) nesta Champions League. Com a camisa amarelinha, contudo, Vini ainda não se estabeleceu como titular regular. Ainda temos muito tempo até novembro, quando começa a Copa do Mundo no Qatar.
Falando em surpresa, as quartas de final também fizeram bem a Rodrygo. O ex-santista mostra que pode mudar jogos quando sai do banco: foi dele o gol que manteve vivo o Real Madrid contra o Chelsea, antes de os espanhóis sacramentarem sua vaga na prorrogação. Um feito importante para quem disputa uma vaga com outros nomes, como Raphinha (Leeds) e Antony (Ajax).
Quem também sonha com um respiro, e segue tendo na Champions League um ótimo papel para escrever seu argumento, são Roberto Firmino (Liverpool) e Gabriel Jesus (Man.City). Ambos vêm perdendo chances na seleção brasileira e não são mais titulares absolutos em seus times, mas o primeiro marcou duas vezes contra o Benfica, para sacramentar os Reds nas semis, enquanto o segundo espera ainda demonstrar, nos palcos europeus, que pode ser útil para sua equipe e, claro, seleção.
Sem a presença de Neymar, o Brasil não tem um grande protagonista nesta reta final de Champions League. Ao menos não até agora. O que a semifinal da principal competição de clubes do mundo nos diz sobre a seleção brasileira? Nada de novo.
Ainda teremos muitas dúvidas e respostas até a bola rolar no Qatar. Enquanto isso, que venham as semis da Champions!
