Carpegiani Flamengo Macaé Carioca 11 03 2018Gilvan de Souza / Flamengo / Divulgação

O erro do Flamengo com Paulo César Carpegiani

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Paulo César Carpegiani é uma figura que merece muito respeito dentro da história rubro-negra. Não apenas por ter sido o comandante no título mundial de 1981, quando ainda engatinhava na carreira de treinador. Mas porque foi um grande jogador, um craque no meio-campo. E isso no melhor período da história do clube.

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A terceira passagem do gaúcho de 69 anos pelo Flamengo não encantava o torcedor, mas também não era tão ruim para alguém inicialmente alçado à área técnica para ser um 'tapa-buraco'. Em 17 jogos [levando em conta estadual e Libertadores], foram 11 vitórias, três empates e o mesmo número de derrotas. O aproveitamento total de 70,6% só era inferior a outros dois times dentre os considerados gigantes do Brasil: Palmeiras [74.5%] e Cruzeiro [84.4%].

Aproveitamento ideal? Não. Afinal de contas, levando em consideração poderio de elenco, Cruzeiro e Palmeiras são os dois clubes mais constantemente apontados como prováveis rivais rubro-negros na busca pelos títulos que estão sendo e serão disputados em 2018. Mas vale lembrar que Paulo César Carpegiani não chegou inicialmente na Gávea para ser treinador, e sim gestor.

Sua demissão é algo que surpreende até mesmo alguns dos principais jogadores do elenco, que também acreditavam na possibilidade de Carpegiani ocupar, no mínimo, um cargo dentro dos bastidores se não tivesse sucesso nos resultados como técnico. Ele chegou para uma função que não fez, foi alçado à outra e no final das contas terminou sem nenhuma.

GFX Carpegiani

O Flamengo voltou a falhar em um jogo decisivo, de mata-mata: em 2017, foi derrotado nas finais de Copa do Brasil e Sul-Americana com Reinaldo Rueda como treinador. Tudo isso com o mesmo elenco de jogadores da atual temporada. Um grupo que muitas vezes decide jogos em lampejos de grande habilidade, mas que não passa a impressão de ‘deixar tudo no campo’.

Carpegiani evidentemente teve a sua parcela de culpa, mesmo que ela não tenha sido tão grande quando se analisam os números desta sua terceira passagem pela Gávea.

Mas o erro maior foi de uma diretoria que contratou um ídolo, não soube usá-lo da maneira inicialmente combinada e o demitiu depois de uma eliminação no campeonato que, apesar da importância, era o menos importante. Esse foi o erro do Flamengo com Paulo César, que embora há muito tempo não faça um grande trabalho... não foi o principal culpado desta vez.

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