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Angel Di Maria Neymar Leipzig PSGGetty

Não é só Neymar: Di María reencontra sua grandeza com PSG na final da Champions

O Real Madrid tentava a sua tão sonhada Décima, que demorou 12 anos até enfim virar realidade. E quando ela chegou, em 2014, um dos grandes heróis do título teve sua exibição de certa forma ofuscada pelo gol salvador de Sergio Ramos, nos minutos finais contra o Atleti, e pela presença de Cristiano Ronaldo. E apesar de ter sido considerado por muitos o melhor em campo naquela final de Champions League em Lisboa, Di María entrou na lista de negociáveis do gigante espanhol, mesmo que sequer pensasse em deixar o clube. Demoraram seis anos para que ele voltasse a ser tão gigante quanto naqueles tempos.

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O argentino já vinha fazendo uma grande temporada 2019-20 pelo PSG e, justamente no mesmo Estádio da Luz onde havia brilhado pelo Benfica e conquistado a Europa pelo Real Madrid em 2014, Di María voltou a gritar para o mundo: eu sou um grande jogador. Se Neymar pode ter sido o melhor em campo, não foi mais decisivo do que o seu companheiro da camisa 11 nos 3 a 0 sobre o RB Leipzig, resultado que pela primeira vez na história leva o PSG a uma final de Liga dos Campeões. Foram duas assistências e um gol sobre a equipe alemã.

O caminho até este momento especial não foi, contudo, como o habilidoso meio-campista revelado pelo Rosário Central imaginou que seria.

Após a grande esnobada do Real Madrid, o Manchester United aproveitou a oportunidade e apostou em Di María para ser o líder de uma - posteriormente fracassada - tentativa de se reerguer. O protagonismo que não tinha no Bernabéu, ele teria em Old Trafford. Tanto, que lhe foi confiado o mítico número 7 do clube na então transferência mais cara dos Red Devils - € 75 milhões. Mas, resumindo bastante, a parceria não deu certo nem para o United nem para Di María. Quando chegou ao PSG, apenas um ano depois, em 2015, a imagem era a de alguém que precisava dar a resposta - mais até do que a expectativa por ser um grande reforço.

E em um PSG bilionário e com recursos financeiros aparentemente infinitos, não haveria como se reerguer em outro palco que não fosse a Champions League. Di María até teve grandes momentos, mas o Paris Saint-Germain cismava em cair mais cedo do que se esperava e a sensação final de decepção ofuscava atuações como as que ele teve nos jogos de ida de oitavas de final, contra o Barcelona em 2017, e contra Manchester United em 2019 – quando decidiu com dois gols diante dos catalães e duas assistências contra sua antiga equipe, mas viu o time francês ser eliminado no encontro de volta.

Desta vez, contudo, a história foi diferente. Ángel Di María voltou a mostrar ao mundo o grande jogador que é, contando com a ajuda de Neymar em especial, e o PSG não decepcionou. O clube francês enfim chegou à final europeia. E no caminho para tal, as duas assistências dadas nos 3 a 0 sobre o RB Leipzig retratam o seu poder decisivo: desde que estreou na competição, em 2007-08, ele já acumula 27 passes para gol, ficando atrás apenas de Lionel Messi e Cristiano Ronaldo (ambos com 32) dentro deste período. Esta também foi a primeira vez desde 2013, quando ainda vestia a camisa do Real Madrid, que ele balança as redes e é garçom em um único duelo de Champions.

Líder de assistências nesta Champions League (6) e fazendo a sua melhor temporada desde aquela campanha 2013-14 pelo Real Madrid, Di María prova estar disposto a escrever um novo auge em sua carreira. Neymar não é o único personagem do PSG no roteiro do grande jogador que se reencontrou com o que tinha de melhor nesta temporada.

“Estamos muito felizes. É preciso dizer que o time fez uma grande partida, marcamos nossos nomes na história deste clube. Estamos na final e isso é muito importante para nós”, comemorou o argentino em entrevista para a RMC Sport.

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