A Associação de Clubes Europeus se reuniuu nesta terça-feira (09) para debater uma série de ações que podem impactar o futuro do futebol, entre elas, a remodelação da Champions League e a do mercado de transferências. A ideia é trabalhar em algo que diminua a disparadade, fomente a competividade e evite que alguns clubes, que abusam na compra de jogadores, tenham grandes problemas financeiros.
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"Estamos discutindo a mudança do sistema de transferência para que os clubes da Champions não possam comprar ou vender jogadores entre si, que possam apenas negociar atletas com clubes de menor ranking", disse Andrea Agnelli, presidente da Associação e da Juventus, em entrevista ao Diário AS, da Espanha.
Impacto no mercado
Uma medida como essa poderia impactar diretamente no futuro de grandes jogadores. Para se ter uma ideia, se já estivesse em vigor, Mbappé ou Haaland, não poderiam ser contratados por clubes do mesmo ranking. A transferência para um Real Madrid ou Barcelona, só seria possível caso tivessem seus contratos finalizados.
Caso seja levada adiante, a ideia seria implementada a partir de 2024 e tem como foco central evitar o que Agnelli chama de "perdas irreparáveis" que envolvem as negociações das grandes estrelas na Europa.
Outras ideias
Outra pauta colocada em debate foi sobre o futuro das transmissões. Agnelli sugeriu a possibilidade de comercializar pacotes que deem acesso apenas aos 15 minutos finais dos jogos. Segundo ele, os jovens têm cada vez mais dificuldade de concentração para ficarem ligados uma hora e meia mais os acréscimos na frente da televisão assistindo a uma partida.
"Podemos equacionar um acesso para os últimos 15 minutos, a capacidade de concentração dos jovens e dos futuros compradores é completamente diferente. Por exemplo, no golfe, se um jogo for interessante, uma pessoa vê apenas os últimos seis buracos. Ver os buracos todos é apenas para fãs hardcore".
Nova Champions
Vale lembrar que a UEFA debate a possibilidade de mudança brusca na Champions League. O projeto visa extinguir o atual formato, com 32 participantes dividos em grupos de quatro equipes.
Na fase de "pontos corridos" garantiria oito vagas para as oitavas de final e as outras oito sairia através de uma eliminatória ainda ser definida. O objetivo desse novo formato é ter mais jogos considerados grandes, o que acontece com menos frequência na atual fase de grupos.
A ideia surgiu após os grandes clubes da Europa se mostrarem a favor da criação de uma Superliga Europeia entre os principais clubes do Velho Continente. A UEFA criou uma comissão para desejar o projeto que ainda será oficialmente apresentado aos clubes.




