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Kylian Mbappe France 2020Getty

Mbappé já rejeitou o Real Madrid aos 14 anos e não descarta virar político no futuro

Às vésperas de disputar a sua primeira Eurocopa com a seleção francesa, Kylian Mbappé foi capa da revista L’Obs e falou sobre diversos temas – desde quando, ainda adolescente, visitou o Real Madrid e conheceu seu ídolo, Cristiano Ronaldo, até mesmo o peso de já ser, aos 22 anos, um dos grandes ídolos de seu país.

O amor à França, aliás, ficou evidente nas palavras do atacante do PSG. A devoção às ruas raízes, inclusive, foram o motivo que levaram seus pais a não o deixarem de transferir para o Real Madrid antes mesmo de ascender ao estrelato. O clube espanhol, vale destacar, é constantemente apontado como um dos grandes interessados no talento do atacante.

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“Os meus pais queriam que eu começasse minha carreira na França, que tivesse uma educação francesa... para o futebol, mas também para eu continuar minha educação. Ir para a Espanha, ainda que fosse com o Zidane, era outro país, outra cultura”, disse Mbappé ao falar sobre o flerte que teve com o Real Madrid quando tinha cerca de 14 anos.

“Eu nasci na França, cresci na França e a França me deu tudo. E eu quero devolver tudo isso cada vez que eu jogo pela seleção nacional. Acho que já não preciso demonstrar o meu amor pela França. Jogo pela França acima de tudo. Sempre me educaram para reconhecer a França desta forma, porque a França faz coisas por sua gente. A mim e à minha família, nos deu muito. Devemos estar orgulhosos de nosso país. Os estadunidenses têm orgulho de serem estadunidenses, por que os franceses não podem ter orgulho de seu país?”, completou.

Kylian Mbappe PSG Coupe de France 2020-21Getty Images(Foto: Getty Images)

Mbappé também falou sobre a questão do racismo na França, pregando unidade e não descartou virar político no futuro.

“Claro que há problemas no país, mas eu juro que eu, que tenho a oportunidade de viajar muito, acho que estamos em um país muito bom. Para mim é uma barreira dizer que somos negros, árabes, brancos. Na nova França não há barreira, estamos todos juntos”.

“(Virar político?) É prematuro... está muito longe. Mas nunca diga nunca”.

Veja outros trechos da entrevista

Ícone francês

“Claro que tenho orgulho. Ser um ícone do seu país é algo que cria direitos e deveres, mas também é motivo de orgulho porque é sinônimo de reconhecimento de todo um país”.

“Sei o peso que eu tenho, o peso de minhas palavras e minhas ações. Se outros jovens se vacinarem (contra Covid) graças a mim, faço com gosto. Se puder ajudar eu tenho que fazer, não posso ser egoísta nem egocêntrico. Sei que também tenho direitos e deveres. E é parte dos meus deveres ajudar os outros. Também é uma vontade minha, porque já me ajudaram. Esta é a história da minha vida: primeiro de dão, e depois você devolve”.

Craque de pouca idade

“No início foi difícil carregar o peso, porque eu era muito jovem. Eu era um garoto de 18/19 anos, que gostava de fazer coisas como qualquer outro garoto de 18/19 anos, mas dentro de campo me pediram para eu ser adulto. Quando você deseja chegar ao nível superior, não há lugar para imaturos, não há espaço para garotos. É o mundo dos adultos e você precisa estar preparado”.

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