Nos últimos anos o River Plate voltou a se solidificar como uma das principais potências do continente. De 2015 até aqui, foram dois títulos de Libertadores e chegando até a final da edição passada do torneio. E em meio a um período tão vitorioso, os Millonarios, como o clube também é apelidado, acabaram construindo uma mística própria que passou a envolver até mesmo o CT de seu arquirrival, o Boca Juniors.
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É tradição ver times estrangeiros, que têm o River como adversário, utilizando a Casa Amarilla, CT do Boca Juniors, antes dos duelos contra o gigante do Monumental de Nuñez. Acontece que, em meio a este período de bons momentos vividos pelo time treinado por Marcelo Gallardo, a casa boquense passou a ser vista como mau agouro. É por esta razão que o Palmeiras de Abel Ferreira realizou seus trabalhos no CT do San Lorenzo antes do primeiro duelo contra o River, pela semifinal da Libertadores de 2020.
A maldição do CT do Boca tem lá seus motivos, se você acreditar nessas coisas. Na final da Copa Libertadores de 2015, os mexicanos do Tigres treinaram na Casa Amarilla e perderam por 3 a 0 – resultado que garantiu o título aos Millonarios. Um ano depois o Independiente Santa Fé seguiu o mesmo roteiro e perdeu a Recopa Sul-Americana para os argentinos.
Em 2017, o Jorge Wilstermann parecia ter encaminhado sua vaga nas semifinais ao ter batido o River por 3 a 0 no encontro de ida. Mas os bolivianos, depois de treinarem no CT do Boca, perderam na volta por 8 a 0.
A sina seguiu em 2020 com o Cerro Porteño, do Paraguai, e inclusive com o São Paulo, na fase de grupos desta Libertadores. Depois de treinarem na Casa Amarilla, os tricolores perderam por 2 a 1 para o time de Gallardo.