O Liverpool é considerado favorito ao título mundial de clubes pelo histórico europeu recente no confronto, já que desde 2012 equipes do Velho Continente dominam a prova, mas também pelo futebol que vem demonstrando nas últimas temporadas sob o comando de Jurgen Klopp.
O carismático alemão chegou a Anfield em 2015, mas foram nas últimas três temporadas que o seu time subiu de nível para se transformar em um monstro competitivo: uma equipe que sabe propor, reagir, que faz uma pressão alucinante ao portador adversário da bola e consegue levar perigo em transições rápidas para o ataque.
Líder absoluto do Campeonato Inglês, título mais sonhado no clube após três décadas de jejum, com dez pontos de vantagem para o segundo colocado depois de 17 rodadas, poucos diriam que o Liverpool não é o melhor time da Europa e do mundo na atualidade.
Afinal de contas estamos falando da equipe que nas últimas duas temporadas foi finalista da Champions League, ganhando a última edição, e conta com nomes como Salah, Firmino e Mané, Trent Alexander-Arnold e Virgil van Dijk. Alisson, Robertson e outros.
Mas como chega este Liverpool atual para o Mundial de Clubes, onde nesta quarta-feira (18) faz sua estreia contra o Monterrey, do México, para ver quem enfrenta o Flamengo na finalíssima?
Recordista em vitórias
Getty(Foto: Getty Images)
Considerando os principais times da Europa, na atual temporada nenhum deles venceu mais do que a equipe de Klopp: foram 21 triunfos considerando todas as competições, sendo 16 na Premier League inglesa, o que ajuda o time vermelho a chegar no Qatar sem ter que pensar muito no certame doméstico – já que a vantagem neste momento é gigante.
Ataque decisivo
Getty Images/GoalO desempenho ofensivo tem contribuído de forma decisiva para o sucesso do atual campeão europeu: foram 65 bolas nas redes, menos apenas em comparação aos 70 de Bayern e Manchester City.
A artilharia é dividida com 13 gols tanto para Salah quanto para Mané. Roberto Firmino, com oito assistências, é quem mais serve seus companheiros mas também existe o destaque para Trent Alexander-Arnold: melhor lateral-direito da atualidade, o jovem de 21 anos dá rapidez, inteligência e, com sete assistências em seu nome, é outro dos principais maestros do time.
Desfalcado
Só que nem tudo são flores. O Liverpool chegou ao Qatar sem dois jogadores de grande importância: o zagueiro Matip e o brasileiro Fabinho, que vinha sendo um dos melhores do time na atual temporada, se lesionaram. Outro que não será opção para Klopp é o defensor Dejan Lovren.
Mais vulnerável
Getty ImagesAlisson tem sido cada vez mais exigido (Foto: Getty Images)
Mesmo assim, a presença de Virgil van Dijk na zaga dá esperança para os Reds. A grande questão é que, embora siga decisivo pelo Liverpool, o sistema defensivo não tem sido o mesmo que, na temporada passada, estipulou um número recorde de jogos sem sofrer gols.
Em 28 duelos até aqui o time de Klopp já sofreu 35 gols, apenas dois a menos em relação a toda a temporada passada. O Liverpool atual também vem cometendo mais erros que terminam em gols adversários: segundo a Opta Sports foram nove na atual campanha contra seis do ano anterior.
Esta vulnerabilidade defensiva maior, na comparação com o Liverpool 2018-19, pôde ser notada no jogo contra o Watford, que marcou a despedida do time antes da viagem para o Qatar- apesar da vitória por 2 a 0.
No entanto, o melhor exemplo desta vulnerabilidade aconteceu na vitória sobre o Red Bull Salzburg, em que os Reds tiveram risco de serem eliminados precocemente na Champions League: venceram os austríacos por 2 a 0, mas Alisson teve que fazer sete defesas – seu recorde nesta temporada.
Acreditando até o fim
As críticas são feitas porque não há equipe perfeita no futebol. Afinal de contas, este Liverpool está embalado e vende caro suas derrotas e também ficou conhecido por marcar gols salvadores nos últimos minutos. Para muitos é apenas sorte, mas por trás desta faceta esteve um grande trabalho de Jurgen Klopp.
O Liverpool, mesmo com desfalques ou uma queda no desempenho defensivo, chega para o Mundial de Clubes como favorito. Acontece que favoritismo não ganha jogo.


