O presidente do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva voltou a reconhecer que a diretoria tem sua parcela de culpa na difícil situação que vive o Tricolor no Campeonato Brasileiro. Em entrevista ao site Chuteira FC, o dirigente criticou o ex-técnico Rogério Ceni, a quem vê com imagem arranhada, mas mostrou confiança na permanência do clube do Morumbi na Série A em 2018.
“Tenho, mais do que o desejo, a confiança de que não vamos ser rebaixados. Sinto isso muito claramente, mas só depois de estarmos matematicamente salvos é que vou ficar absolutamente tranquilo e poder pensar com calma no ano que vem. Minha preocupação quando tomei a decisão com o Rogério foi fazer a coisa com tempo para reagirmos, não adiantava deixar para fazer faltando poucas rodadas, porque aí seria muito difícil nos salvarmos”, afirmou.
“Não posso dizer que me arrependi (de contratar Ceni), porque fiz de uma forma consciente e refletida, embora naquele primeiro momento questionasse se ele já estava em condições de assumir. Mas tantas e tão fortes foram as colocações dele de que estava pronto que eu me convenci, e fiz aquilo que acho que ninguém evitaria fazer, que era trazê-lo. Trouxemos, demos todas as condições, prestigiamos o projeto. Dei tudo e um pouco mais. Dei tudo e ainda dei o Pratto, que todo mundo queria. Infelizmente, não deu certo”, acrescentou.
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(Foto: Alexandre Schneider/Getty)
Para Leco, a inexperiência e a falta de resultados foram as coisas que mais pesaram para que Ceni fosse demitido com apenas sete meses de trabalho
“Ele não se ajustou à dinâmica da nova situação. Como jogador ele era o Mito, uma figura grande, com muitas conquistas, mas era uma situação muito diferente da de pegar um grupo e formar um time. Uma, duas, três eliminações… E zona de rebaixamento, porque foi com ele que fomos para a zona de rebaixamento. E como é duro de sair”, declarou.
“Ele tinha medo de macular a sua imagem, do Mito, do grande Rogério. Coisa que acabou se modificando com essa gestão dele como técnico de futebol, porque o torcedor é emotivo e quer ganhar, no futebol nada é pior do que perder. Com os maus resultados, aquela figura mítica foi, de uma certa forma, se embaçando, e me disseram, embora eu não tenha ido atrás de confirmar isso, que 70% dos são-paulinos achavam que ele não estava dando certo. Lamentei muito, mas me convenci de que precisava fazer o que foi feito”, completou.
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(Foto: Rubens Chiri/SPFC)
Em relação a 2018, Leco disse que dificilmente a equipe conseguirá manter Jucilei por conta da difícil negociação com o Shandong Luneng, da China, que o emprestou até dezembro.
“O Jucilei… Gostaria muito de ficar com ele, mas é muito difícil. Não é fácil negociar com os chineses. Trouxemos o Petros, que é nosso. O Marcos Guilherme veio numa condição excepcional até o fim do ano que vem, com prioridade para o contratarmos. O Hernanes até o meio do ano que vem… Já dá um respiro”, finalizou.
