La Liga está pronta para perder Messi? Dirigente acredita que sim

Se hoje ainda é difícil imaginar o Barcelona sem Lionel Messi, apesar do desejo explícito do argentino em ter deixado o clube antes do início desta temporada, a liga espanhola (La Liga) já não teme um futuro próximo sem a presença do craque argentino em sua competição. Isso, claro, nas palavras do presidente da entidade, Javier Tebas.

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“Preferíamos que o Messi ficasse na La Liga, mas (Cristiano) Ronaldo e Neymar saíram e não notamos nenhuma diferença. Estamos prontos”, afirmou o dirigente em entrevista à BBC. As palavras demonstram uma leve mudança em relação às palavras de Tebas no último mês de junho, quando em entrevista à rádio RAC1, da Espanha, classificou a situação envolvendo o camisa 10 do Barcelona como “diferente”.

“Tivemos a sorte de tê-lo em La Liga por toda a sua carreira. Acho que você notaria a partida de Messi, especialmente se ele fosse para outro campeonato”, disse na ocasião. "Não seria uma catástrofe [a saída de Messi] porque temos acordos de televisão assinados com ou sem Messi, mas o importante é o valor agregado. Messi sempre nos encanta”.

JAVIER TEBASGETTYJavier Tebas, presidente de La Liga (Foto: Getty Images)

Messi pediu divórcio do Barcelona semanas após a derrota por 8 a 2 para o Bayern de Munique, pelas quartas de final da Champions League, mas a sua motivação para tal foi sendo construída pouco a pouco. O relacionamento ruim com a antiga diretoria encabeçada por Josep Maria Bartomeu – que recentemente renunciou ao cargo no Barça – e a insatisfação com a montagem do time também contribuíram de maneira decisiva, ainda que no final o argentino tenha optado por seguir, ao menos nesta temporada, dentro do Camp Nou.

Quanto ao impacto financeiro que uma eventual saída de Messi poderia trazer, a realidade não seria exatamente comparável com as saídas de Neymar e Cristiano Ronaldo. Isso porque, além de o argentino ser o único dos três que sempre jogou no futebol espanhol, o impacto econômico agravado pela pandemia do novo coronavírus mostrou uma clara alteração na balança de poder do futebol europeu.

Considerando as principais praças do futebol na Europa, a Espanha foi a que apresentou a maior queda nos gastos feitos em transferências: de 1.4 bilhão de euros em 2019-20 para “apenas” 348 milhões de euros agora em 2020-21. Enquanto isso, a Inglaterra foi quem mais conseguiu manter os seus gastos – inclusive trazendo nomes como Rodrigo, ex-Valencia, para o Leeds United, clube que acabou de subir para a primeira divisão. Vale lembrar que o Manchester City é constantemente apontado como possível destino de Messi.

Embora a La Liga precise estar preparada para a saída do argentino, até pelas declarações dadas pelo próprio Messi meses atrás, este “estar pronta” pode não significar um futuro melhor que o presente.

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