Quando a Juventus desembolsou 100 milhões de euros para tirar Cristiano Ronaldo do Real Madrid, a expectativa era evidente: conseguir, enfim, acabar com o seu jejum de títulos na competição - que perdura desde 1996. Três temporadas depois os resultados são absolutamente decepcionantes: uma eliminação nas quartas e duas quedas nas oitavas de final. A última delas aconteceu agora, nesta campanha 2020-21, contra o Porto.
A equipe portuguesa havia vencido por 2 a 1 no duelo de ida, dentro de sua casa, e mesmo com um homem a menos durante quase todo o segundo tempo, conseguiu segurar o ímpeto dos italianos na volta. A derrota por 2 a 1 no tempo regulamentar levou o encontro para a prorrogação, onde um gol de falta anotado por Sérgio Oliveira (que havia aberto a contagem em pênalti) decretou mais um adeus juventino na principal competição da Europa, mesmo tendo Rabiot anotado outro para os bianconeri. A vitória por 3 a 2 foi insuficiente.
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Depois de Sérgio Oliveira converter um pênalti bastante duvidoso, a Juventus arrancou a virada: Chiesa, que havia feito o único gol da Juve na ida, marcou duas vezes e ainda perdeu uma grande oportunidade. Álvaro Morata chegou a balançar as redes, mas a maldição dos impedimentos, que tanto vêm lhe assombrando nesta temporada, decretou a invalidação de seu tento.
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O gol que sacramentou a eliminação juventina e classificação portista foi de falta, com o chute de Sérgio Vieira saindo rasteiro e estranho até morrer no cantinho de um Szczesny que ainda deu a impressão de que poderia ter ido melhor na jogada. Cristiano Ronaldo viu o lance de forma privilegiada: estava na barreira e quis o destino que a esfera passasse logo embaixo dele, entre suas pernas. Ato contínuo, CR7 girou o pescoço para acompanhar o lance. Depois, caiu de joelhos no gramado.
A Juventus ainda ganhou uma sobrevida nos minutos finais, com Rabiot fazendo o 3 a 2. O time treinado por Andrea Pirlo precisava de mais um para avançar. Não conseguiu.
Cristiano Ronaldo não fez uma boa eliminatória, apesar da assistência para o primeiro gol de Chiesa neste último duelo. Não conseguiu participar bem das jogadas de ataque: desta vez ficou mais na vontade do que na qualidade. De suas cinco finalizações, apenas duas foram na direção certa – Chiesa, Morata e Rabiot acertaram mais. Atuação pior, apenas no duelo de ida contra o mesmo Porto.
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Se há um jogador que é sinônimo de Champions League, especialmente nos momentos decisivos, nos mata-matas, é Cristiano Ronaldo. E pela primeira vez desde que passou a ser um gigante na competição, o português se despede do certame sem marcar um gol sequer no mata-mata. Pior do que isso: tendo atuações abaixo do esperado. Antes de sua chegada à Turim, a Juve, vice em 2015 e 2017, havia chegado mais longe na competição.




