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Jô Corinthians Red Bull Bragantino Corinthians Paulista 30 07 2020Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

Jô e Corinthians se reencontram diferentes, mas parecem feitos um para o outro

A reestreia de Jô com a camisa corintiana, no duelo de quartas de final do Paulistão 2020 contra o Red Bull Bragantino, resumiu em 90 minutos um pouco da trajetória do atacante no clube de seu coração: primeiro veio a desconfiança, depois a sensação de que dificilmente algo poderia acontecer... até que o centroavante apareceu para ser decisivo em sua segunda tentativa.

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Evidente que a desconfiança, a sensação de certa indiferença, a segunda tentativa e o êxtase do sucesso foram diferentes – ainda que paralelos. Em sua primeira passagem pelo Corinthians, entre 2003 e 2005, o jovem oriundo da base não chegou a ser o goleador que muitos esperavam e, quando deixou o Brasil, vendido para o Manchester City, não houve uma grande comoção: a impressão talvez fosse que dificilmente algo grandioso pudesse acontecer – em meio ao investimento da MSI. Esta perspectiva, contudo, mudou na segunda passagem do atacante pelo Alvinegro Paulista.

Apesar de ter vivido um grande momento no Atlético-MG entre 2012 e 2015, quando retornou ao Corinthians, em 2017, o clima era de descrença com um jogador que vinha em baixa nos anos anteriores. A resposta de Jô foi a melhor possível: foi o craque do time que conquistou Paulistão e Campeonato Brasileiro naquela temporada. A transferência para o futebol japonês foi um hiato entre sua espetacular segunda passagem pelo clube e este seu retorno.

O último jogo oficial de Jô antes de enfrentar o Red Bull Bragantino, agora em julho de 2020, havia sido em dezembro de 2019, ainda pelo Nagoya Grampus. Ou seja: cerca de sete meses sem o ritmo ideal.

Uma das consequências foi estar fora de forma, o que motivou a já citada desconfiança inicial em meio aos passos pesados do camisa 77. Mas o gol marcado por Ederson, logo nos minutos iniciais, ajudou no plano do time comandado por Tiago Nunes. Jô se esforçava e havia arriscado até uma finalização, mas não parecia que os holofotes do protagonismo iriam, tão cedo, lhe iluminar. Até a cabeçada desferida no segundo tempo, que encaminhou a vitória por 2 a 0 sobre o time de Bragança Paulista e a vaga na semifinal do Paulistão.

“Feliz. Reestrear com gol é muito importante. A equipe está de parabéns. A partida, a entrega...” disse, ofegante, ao Premiere depois de ter aguentado os mais de 90 minutos após os sete meses sem entrar em campo. “Cansa ne? Senti um pouco. Natural. Quase sete meses sem atuar. O cansaço bateu no final, mas eu falei: quando se trata de Corinthians a entrega tem que ser maior”                              

Jô e Corinthians se reencontraram diferentes neste 2020: hoje o time busca uma identidade diferente do pragmatismo que marcou o trabalho de Fábio Carille, enquanto o atacante chegou mais velho e claramente mostrou ainda não estar em sua melhor forma física. Mas nesta relação de amor tudo isso pareceu ser mero detalhe: Jô e Corinthians parecem mesmo feitos um para o outro.

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