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Odair Hellmann Inter Cruzeiro Copa do Brasil 08 08 2019Divulgação/Inter

Inter de Odair: entre a fé no Beira-Rio, sonho de título e pragmatismo longe de casa

Após a derrota por 1 a 0 para o Athletico-PR, na ida da final da Copa do Brasil, a força do Beira Rio foi insistentemente citada por alguns personagens do Internacional. Odair Hellmann, o técnico colorado, e o atacante Paolo Guerrero talvez tenham sido os principais deles.

“Eles fizeram o gol, mas o mais importante é que a final seja no Beira-Rio. O jogo ocorrerá lá. Serão mais 90 minutos. Que a gente mantenha nosso padrão em casa, com a nossa torcida. Nós lá somos muito fortes. Temos certeza que o Beira-Rio estará lotado e entregará a alma”, disse o comandante. “Infelizmente é difícil jogar aqui (na Arena da Baixada), a bola quica muito. É complicado esse campo, mas em casa a gente resolve”, avaliou o centroavante peruano.

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É verdade que o Inter teve suas chances contra o Athletico, mas a partida, de certa forma, também passou uma impressão de déjà-vu – como se fosse a repetição de uma memória – em relação à outra derrota em jogo de ida decisivo por mata-mata. Semanas antes, os gaúchos aguentaram o quanto foi possível o ímpeto ofensivo de um Flamengo que vive momento encantador. Quando resolveram arriscar um pouco mais, sofreram dois gols. Poderia ter sido mais, e a força do Beira Rio não foi suficiente para reverter a vantagem: a eliminação veio com empate por um gol e o foco voltou todo para a semifinal da Copa do Brasil.

Mas o duelo de ida contra o Athletico também não demonstrou uma exibição tão satisfatória do Inter. A posse de bola (36,9%) foi uma das menores do time na competição, e os paranaenses só não deixaram sua casa com a vantagem do 2 a 0 para o confronto de volta, marcado para às 21h30 desta quarta-feira (18), graças a uma defesa espetacular de Marcelo Lomba após chute do atacante Rony. A decepção de parte dos torcedores, e as críticas de alguns analistas, foi encorpada especialmente porque o Inter não pareceu ter tirado lições daquela derrota para o Flamengo, onde entregou a bola para o oponente e não teve sucesso para aproveitar suas chances.

Estratégia que deu certo antes, mas com ressalvas

O Inter sabe jogar de forma reativa e já colheu resultados desta forma. O exemplo mais recente, em torneios de mata-mata, foi a vitória por 1 a 0 obtida sobre o Cruzeiro, quando teve a sua posse de bola mais baixa na campanha de Copa do Brasil até aqui (36,7%) e sobreviveu às 12 finalizações da Raposa. Mas também vale destacar o momento do adversário naquela noite, envolto em uma crise institucional e dentro de campo que ainda segue. O triunfo apertado deu vantagem para o time de Odair e decretou a demissão de Mano Menezes, então técnico celeste. A força no Beira Rio seguiu inabalada e os 3 a 0 marcaram o bom momento.

Força do Beira Rio

O Brasileirão, por ser disputado em pontos corridos, ajuda a mostrar a regularidade da força que o Inter tem em seu estádio. Lá, o aproveitamento é de 86,6% - inferior apenas ao Flamengo no Maracanã. Foram oito vitórias e dois empates. Na Libertadores, apesar da eliminação, o Colorado não conheceu derrota em seus domínios e na Copa do Brasil só comemorou vitórias. A fé de Odair e de seus comandantes é, afinal de contas, justificada.

Mas a aposta de Odair em renegar a bola, e de certa forma chamar os adversários ao seu encontro, apostando quase tudo no poder do Beira Rio (onde a partir das quartas de final o time sempre recebeu os duelos de volta) não deixa de ser arriscada. O sonho de conquistar, pelo clube que ama, o seu primeiro título como treinador fica dividido entre o perigo de ver o seu pragmatismo ser lembrado de forma negativa, em caso de vice-campeonato, e na sua aposta justificada na força que o seu estádio dá aos seus jogadores.

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