Fernando Diniz chegou ao São Paulo depois que Cuca, seu antecessor, abandonou o cargo por não acreditar que poderia fazer o time jogar mais. As primeiras impressões com o novo técnico foram boas, mas a forma do ataque continuou sendo uma pedra no sapato (ou chuteira) independente de quem esteve no comando em 2019.
Se Diniz encontrou um grande problema em seus primeiros jogos foi justamente a forma ofensiva do time, que nos seis duelos anteriores à partida deste domingo (27), contra o Atlético-MG, havia feito apenas quatro gols.
O aproveitamento de 0.6 gols/jogo inclusive era bastante inferior na comparação à média de 1 tento por partida de Cuca nas 21 rodadas em que esteve sob comando no Brasileirão. No primeiro tempo contra o Atlético, em duelo válido pela 28ª rodada e disputado no Morumbi, o São Paulo seguiu pecando nas finalizações: dentre 11 totais, apenas três foram no gol defendido por Cleiton.
Reinaldo acertou a trave em cobrança de falta, Igor Vinícius e Liziero finalizaram mal, Alexandre Pato perdeu uma cabeçada com parte do gol aberto para si... o roteiro parecia estar prestes a ser mantido.
A situação melhorou nos 45 minutos finais, mas o que explica a vitória por 2 a 0 (que manteve o Tricolor na quarta posição, agora com 49 pontos, quatro de vantagem em relação ao quinto colocado) foi a ousadia dos jovens valores do time.
Antony entortou a zaga do Galo antes de servir o principal nome do jogo.
Igor Gomes teve sua primeira chance como titular com Diniz e fez o seu segundo gol sob o comando do técnico. Pouco tempo depois, deu a assistência para Vítor Bueno completar o marcador.
O camisa 26 foi exceção por ter estufado as redes em sua primeira tentativa e passou a ser o jogador que mais decide, em participação direta em gols, para o São Paulo de Fernando Diniz: os dois tentos e uma assistência em seis jogos são números muito longe na comparação com as 12 escalações, pouco decisivas, que recebeu sob o comando de Cuca.
O São Paulo briga pela Libertadores. No caminho para sacramentar de vez a vaga, os torcedores sofreriam menos se os jogadores aproveitassem as suas chances comoIgor Gomes aproveitou a sua.
