Dani Alves chegou na beirada do escudo e retirou com calma os tênis e as meias que vestia. Caminhou sobre o símbolo tricolor e se ajoelhou para beijá-lo. Foi a apoteose de uma noite que o torcedor do São Paulo não vivia há anos. Sem títulos e colecionando vexames nas últimas temporadas, o são-paulino que compareceu ao Morumbi pôde presenciar um ritual que buscou resgatar o que há de mais vibrante em sua história.
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A apresentação do lateral direito reuniu mais de 40 mil pessoas no estádio da Zona Sul de São Paulo numa noite de terça-feira sem jogo. Depois de entrevista com a imprensa no Salão Nobre, o jogador de 36 anos seguiu para o gramado do Morumbi, onde a torcida o aguardava.
(Foto: Miguel Schincariol/São Paulo FC/Divulgação)
A chegada de Dani Alves foi festejada como um título, o que faz sentido. O lateral é o jogador com mais conquistas na história do futebol e representa o exato oposto do que o clube virou na última década. De 2009 para cá, o Tricolor venceu somente a Copa Sul-Americana de 2012, enquanto o jogador engordava seu currículo com taças do quilate de Champions League, Mundial de Clubes, La Liga e Serie A.
Os convidados da festa também ajudaram a fazer o são-paulino sentir o antigo gosto das glórias. Dani Alves encontrou Raí, Diego Lugano e Hernanes no campo, todos atletas já na história do clube e com títulos relevantes no Morumbi. A seguir, Kaká entrou no gramado para entregar-lhe a camisa 10. O próximo a aparecer foi Luís Fabiano, aumentando a nostalgia na arquibancada.

Os telões do estádio foram o caminho para acompanhar as palavras de nomes importantes do esporte e que também são amigos de Dani Alves. Casemiro, Miranda, Cristiane (grande nome da equipe feminina do São Paulo), Luís Suárez e o recém-contratado Juanfran falaram algumas palavras, e até mesmo Lionel Messi gravou uma mensagem para felicitar o lateral direito.
Até quem não esteve presente em pessoa ou em vídeo foi lembrado. A torcida fez questão de cantar os nomes de Rogério Ceni, Muricy Ramalho e Telê Santana, talvez os maiores ícones da história do clube juntos a Raí.
A última vez em que o Morumbi viu tais nomes serem exaltados na mesma noite foi em 2015, na partida de despedida de Ceni, que atualmente é treinador do Fortaleza. Se naquela ocasião o sentimento era de fim de ciclo, agora o torcedor canta com expectativa por uma nova e mais vitoriosa era para o Tricolor. Dani Alves já mostrou que está disposto a voltar a subir no escudo novamente, mas na próxima acompanhado de uma taça.
