José René HiguitaGetty Images

Por que Higuita foi exaltado após defender beijo gay em estádio

O ex-goleiro colombiano René Higuita ganhou destaques nas redes sociais desde a tarde da última segunda-feira (6) ao defender dois torcedores homens que foram flagrados se beijando em um jogo do Atlético Nacional, time do qual o jogador foi ídolo.

"Cara, qual é o problema? Deixem os meninos serem felizes, não estão causado mal a ninguém. Além disso o Atlético Nacional é amor, é paixão, é alegria, é família! É o mais lindo do futebol. No estádio somos todos bem-vindos e cada um deve aproveitar do seu jeito", escreveu Higuita no Twitter.

A imagem havia viralizado na Colômbia com muitos comentários homofóbicos, especialmente de torcedores rivais do Atlético Nacional.

O post de Higuita já foi retuitado mais de 11 mil vezes, a maior parte das vezes com mensagens de apoio ao goleiro e elogiando sua atitude anti-homofóbica.

Muitos estão valorizando o fato de que alguém de dentro do futebol está atacando a homofobia, tema que ainda é polêmico dentro do esporte.

Na América do Sul é comum torcedores chamarem rivais de gays, assim como o grito de "bicha" quando um goleiro rival cobra o tiro de meta. Apesar de punições e pedidos do fim dos gritos por organizadores, os jogadores raramente entram em ação contra a homofobia no esporte.

Higuita foi um personagem quase folclórico do futebol dos anos 90 e conquistou a Libertadores de 1989 pelo Atlético Nacional. Ele também defendeu a Colômbia nas Copa do Mundo de 1990, quando foi destaque positivo e negativo pelo seu estilo de jogo: ao sair driblando com os pés, conseguiu um chapéu sobre o alemão Rudi Voeller na primeira fase, mas foi em lance parecido que foi desarmado por Roger Milla, de Camarões, cedendo o gol que eliminou a Colômbia daquela Copa.

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