Greg Vanney, técnico do Toronto FC, foi questionado após o empate, em 1 a 1, diante do Orlando City a respeito da atuação dos jogadores que poderiam ter evitado o gol do adversário.
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De acordo com o Toronto Sun, o treinador ressaltou que o elenco deve cometer "mais faltas no jogo": “Acho que precisamos usar as faltas como uma ferramenta para acabar com essas situações perigosas. Isso não significa ser desagradável, não significa receber cartões amarelos o tempo todo. Isso significa desacelerar o jogo, parar o jogo, conseguir números atrás da bola”.
Vanney aproveitou a ocasião para explicar, segundo ele, os meios legais de parar o contra-ataque adversário: "Se você tem uma boa posição de defesa no início da partida e você está entre o homem, o gol e a bola e você faz falta em um jogador, você provavelmente não receberá um cartão. Mas se você ficar do lado errado da jogada e depois tiver que ficar trás, então você pode receber um cartão”, disse o treinador que continuou a explicação.
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“Se a alternativa é receber um cartão ou deixar um cara entrar na área e abrir o placar, então receba o cartão, especialmente se você não tiver recebido nenhum ainda. Temos que ser mais profissionais. E às vezes cometer uma falta é ser profissional. Esse é um recurso no jogo”, analisou.
Treinador do West Ham, Manuel Pellegrini acompanhou da área técnica a derrota do clube para o Manchester City, por 5 a 0, no primeiro jogo da Premier League 2019-20. O técnico alegou que o estilo de tático da equipe de Pep Guardiola teria sido um dos fatores que influenciaram no resultado: "Toda vez que tentávamos chegar na área deles, eles faziam faltas e nós fomos inocentes a esse respeito”.
Pouco provavelmente o West Ham teria vencido o jogo caso as faltas não tivessem ocorrido. Ainda assim a visão do jogo de Pellegrini a respeito das "faltas táticas" como uma das razões possíveis para explicar a derrota chamou à atenção.
"É por isso que não criamos muitas chances no primeiro tempo”, argumentou Pellegrini que seguiu: “Todos os nossos momentos ofensivos de ataque terminaram em falta. Você pode olhar para as estatísticas. Eles cometeram 13 faltas e nós cometemos seis. Mas essa não foi a razão pela qual perdemos”.
A linha apresentada por Guardiola, com seis jogadores de campo à frente da bola durante os jogos, permite a David, Kevin, Gundo fazerem falta caso seja necessário. Guardiola é sensível a qualquer um que aponte este elemento ao plano de jogo de seu elenco, apesar de ser uma característica consistente nos jogos do City.
Fernandinho liderou a contagem de falta do City na temporada passada com 40 infrações ao lado de Raheem Sterling. Durante o primeiro jogo na Premier League 2019-20, foi a vez de Rodri ficar à frente graças as três faltas.
“Tentamos jogar e, claro, às vezes há contra-ataques e nós fazemos uma falta. Às vezes, a ação é um contato”, disse Guardiola em dezembro passado, quando a questão surgiu em entrevista coletiva.
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“Nós não pensamos sobre isso. Nunca nas minhas equipes estamos focados em fazer algo errado com o adversários. Somos um time que sempre tenta atacar, defender bem, tentamos jogar o nosso jogo, mas nunca pensei [propositalmente] que você tivesse que fazer isso [falta] para evitar um lance de perigo. Nunca aconteceu na minha carreira e nunca vai acontecer”.
Porém, o problema para Guardiola é que as evidências não confirmam isso. Como exemplo, a Goal irá usar os números do jogo contra o West Ham: o West Ham realizou 231 passes no primeiro tempo, nesse período o City fez oito faltas. Ainda na etapa inicial, o City tocou a bola por 290 vezes e o West Ham comentou apenas uma falta.
Na última temporada da Premier League, o City cometeu 328 faltas por jogo, média de 8,63 entre as 38 partidas do torneio. A equipe com mais faltas foi o Brighton com 463, no total. No entanto, nenhum time teve mais posse de bola do que City, com média de 68,13% durante todo o percurso da temporada anterior.
Apesar de Guardiola não gostar de ser apontado a respeito deste quesito, não há dúvidas de que o City comete muitas faltas comparado com os rivais de campeonato. O treinador continuará, é claro, a negar, como se houvesse uma vergonha ligada ao caso.
Mas o Pep não precisa se preocupar. Faltas fazem parte do jogo. Algumas são agressivas outras sutis. Algumas são evitáveis, outras necessárias. Isso significa que a equipe de Guardiola pode continuar vencendo partidas no estilo que o comandante gosta e o que faz dele tão reconhecido.




