Renato Gaúcho exorcizou o fantasma que o perseguia desde a eliminação para a LDU, do Equador, na final da Copa Libertadores da América 2008, pelo Fluminense. O treinador obteve vitórias em disputas de pênaltis pelo Tricolor Gaúcho e se tornou fundamental para o clube. A última foi na noite desta quarta-feira (17), diante do arquirrival Internacional.
Desde que chegou ao Grêmio, em 2016, o técnico enfrentou seis disputas de pênaltis, com quatro vitórias e dois tropeços.
A primeira disputa de pênaltis do comandante já foi logo em sua estreia. Nas oitavas de final da Copa do Brasil 2016, o Grêmio perdeu para o Athletico Paranaense por 1-0 no tempo normal, mas obteve a classificação nos pênaltis ao vencer o adversário por 4-3.
No ano seguinte, no Gauchão 2017, diante do Novo Hamburgo, o treinador voltou a sofrer um novo trauma. Ao enfrentar o time do interior e empatar em 1-1 fora de casa, a equipe foi derrotada por 7-6 nos pênaltis. E 2017 foi um ano repleto de traumas desta forma. Na semifinal da Copa do Brasil, depois de perder por 1-0 no Mineirão, o Tricolor Imortal foi derrotado pelo Cruzeiro por 3-2 nos pênaltis.
(Foto: Lucas Uebel/Grêmio/Divulgação)
A partir daí, o técnico não sabe o que é perder uma disputa de pênaltis. Ele foi campeão da Recopa Sul-Americana 2018 sobre o Independiente, da Argentina, ao vencer os pênaltis por 5-4. No tempo normal, as equipes obtiveram um empate em 0-0.
Na Copa Libertadores 2018, antes de ser eliminado pelo River Plate nas semifinais, o Grêmio bateu o Estudiantes, da Argentina, por 5-3 nos pênaltis. No tempo normal do jogo ocorrido na Arena, o time local venceu por 2-1.
O último dos triunfos nos pênaltis foi na noite desta quarta-feira. A equipe empatou em 0-0 nos dois jogos e venceu o arquirrival Internacional nos pênaltis por 3-2.
Em 2008, Fluminense perdeu para a LDU na final da Libertadores (Foto: Getty Images)
Antes de tudo isso, o maior trauma de Renato Portaluppi com a disputa de pênaltis foi em 2008. À época, o treinador viu seu time vencer no tempo normal, no Maracanã, e perdeu a conquista na disputa de pênaltis. À época, Thiago Neves, principal nome da equipe, desperdiçou uma cobrança.
Ele teve outros traumas, mas de menor relevância. O técnico viu o seu Vasco perder por 3-1 para o arquirrival Flamengo em pleno São Januário na semifinal do Carioca de 2007.
Em 2011, já em passagem pelo Grêmio, assistiu às derrotas de sua equipe contra o rival Internacional na final da Taça Farroupilha, segundo turno do torneio, no Beira-Rio. No mesmo torneio, foi derrotado novamente pelo principal oponente por 5-4 em jogo ocorrido no extinto Olímpico.