Thiago Galhardo e Lucas Silva Grêmio Internacional Brasileirão 03102020Ricardo Duarte/SC Internacional

Grêmio, Inter e Juventude: como os clubes gaúchos se posicionam sobre a continuidade do futebol?

A cada dia que passa os números de pessoas vítimas do Covid-19 aumentam de maneira assustadora. O sistema de saúde do Brasil está próximo de um colapso, com pessoas morrendo nos corredores devido a lotação das emergências. No Rio Grande do Sul a situação é crítica, e mesmo assim o futebol não parou - e não deve parar tão cedo. 

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O estado está em bandeira preta, com o nível mais rigoroso previsto no modelo de distanciamento controlado, e mesmo assim tem hospitais lotados. O comércio fechou e os casos de Covid-19 não param de crescer. A única modificação imposta pelo governador Eduardo Leite ao futebol foi que a Federação Gaúcha de Futebol (FGF) estabelecesse que os jogos só comecem a partir das 20h para evitar aglomerações de torcedores que assistem às partidas pela TV.

A reportagem da Goal entrevistou os presidentes dos três clubes gaúchos que estão na primeira divisão nacional - Internacional, Grêmio e Juventude -, além do presidente da FGF, para saber o que pensam sobre uma possível paralisação do esporte mais popular do Brasil.

”Esta possibilidade de parar o futebol no Rio Grande do Sul passa pelo governo do estado. O certo, definido pelo governador Eduardo Leite, é que por enquanto não vamos ter jogos na parte de tarde e que os jogos à noite são suficientes para evitar aglomeração. Foi combinado também que vamos planejar os jogos do Campeonato Gaúcho a cada duas rodadas, enquanto não houver uma nova situação determinante para novas alterações”, disse o presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Luciano Hocsman.

Para o presidente do Internacional, Alessandro Barcelos, o que for determinado pelos órgãos de saúde será cumprido pelo clube.

“Quem decide sobre a paralisação do futebol são os órgãos de saúde, municipal, estadual ou federal, se decidirem parar o futebol o Inter irá acatar, como já acatou em outra oportunidade. O Inter jamais vai ir contra a saúde pública, mas no futebol todos são testados, a bolha sanitária é rigorosa, os protocolos de saúde são seguros por isto não vejo motivo de parar o futebol”, destacou o mandatário colorado.

No lado do Grêmio, a ideia é de que os protocolos de saúde que os clubes exercem são suficientes para que o futebol não pare.

“O Grêmio segue todos os protocolos adotados desde o ano passado. O Grêmio é a favor da continuidade dos campeonatos, a não ser que seja colocada uma determinação judicial ou sanitária que obrigue os clubes a parar”, destacou o presidente gremista Romildo Bolzan.

No lado do Juventude, o presidente Walter Dal Zotto Júnior considera o futebol uma das atividades mais seguras do Brasil.

“Acho que o futebol não deve parar, dentro das atividades, o futebol é a mais segura, temos protocolos rígidos de saúde. Respeitamos muito tudo que vem acontecendo pelo mundo devido a pandemia do covid19, mas o futebol não é responsável por isto”, disse.

O Campeonato Gaúcho vai seguir normalmente, pelo menos até a rodada do final de semana, mas a partir da semana que vem, com novos números da pandemia no Rio Grande do Sul, o governo estadual poderá adotar medidas mais rigorosas no combate à pandemia.

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