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Giovana Queiroz, seleção brasileiraSam Robles/CBF

Gio Queiroz denuncia "condutas abusivas" no Barcelona; clube se defende

A camisa 5 do Levante, da Espanha, e craque da seleção brasileira, Giovana Queiroz, publicou nesta terça-feira em seu Twitter uma carta aberta ao presidente do Barcelona, clube onde cresceu e, como relatou, sofreu abusos psicológicos após a escolha de representar o uniforme verde e amarelo.

Gio relatou, em documento oficial, que precisou cumprir uma falsa quarentena declarada pelo departamento médico do clube assim que confirmou desejo de jogar pela seleção brasileira: "Primeiro recebi indicações de que jogar com a seleção brasileira não seria a melhor coisa para o meu futuro dentro do clube. Apesar do desagradável e persistente assédio, não lhes dei muita importância e atenção ao assunto."

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"Eles estavam me encurralando de forma abusiva para que eu me 'demitisse' da Seleção Brasileira. Métodos arbitrários foram usados ​​para prejudicar minha vida dentro do clube", incluindo o falso confinamento pelo qual precisou passar. "Como a ordem da médica foi contrária ao protocolo de saúde, entrei em contato diretamente com o Departamento de Saúde da Catalunha e pedi esclarecimentos. A resposta foi clara e contundente. Meu caso não era e não poderia ser considerado um contato próximo de acordo com o protocolo de saúde", diz a jogadora.

Ela relata, momentos antes na carta, que imaginava o real motivo do confinamento que o clube relatava que Gio precisava passar, e por isso decidiu contatar o Departamento de Saúde do estado. Após o cumprimento da quarentena, a jovem, hoje aos 18 anos, foi liberada pela Fifa para se juntar às meninas do Brasil, com conhecimento do Barcelona.

Giovana relata que realizou vários testes PCR, todos negativados, mas ao retornar ao clube após apresentação na seleção, teve que participar de reunião com diretor do Barcelona, sendo acusada de "grave indisciplina" e que "poderia sofrer sérias punições". A jogadora afirma ter "voltado para casa sem forças" e ter "chorado muitas vezes", e que após essa situação, acabou exposta a "situações humilhantes e vergonhosas" durante muito tempo na equipe.

Segundo informações do jornalista Marcelo Bechler, o Barcelona negou qualquer tipo de assédio à atleta, e relatou que o confinamento pelo qual a jogadora passou, na verdade, foi pelo motivo da jovem ter tido contato com uma pessoa positivada por Covid-19, e que Giovana viajou com a seleção brasileira sem avisar o clube. As denúncias de Gio ao Barcelona foram analisadas por cumpliance da equipe e pela Fifa, que julgaram caso favorável ao clube catalão.

A atleta relata, ainda no início da carta, que espera que seu depoimento sirva para que "outras mulheres que também tenham sofrido qualquer tipo de abuso quebrem o silêncio, alcancem sua voz e denunciem seu agressor".

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