Gabriel Barbosa falou em tom de despedida do Flamengo, em entrevista coletiva nesta quarta-feira (04). Chegou a dizer que o jogo contra o Avaí, na quinta (05), pode marcar “a última vez” que vestirá a camisa rubro-negra no Maracanã. Entretanto, o futuro do maior artilheiro do Brasileirão de pontos corridos com 20 clubes ainda é incerto e a equipe carioca tem um trunfo na manga: o valor do salário que pode ser oferecido ao atacante.
Para contratar em definitivo o jogador, que pertence à Inter de Milão e poderia ser negociado por cerca de 20 milhões de euros, o Flamengo sinalizou com uma redução salarial em relação aos vencimentos atuais de Gabriel Barbosa (por causa do alto custo total da operação). Seria este um dos principais motivos para que a negociação ficasse estagnada – ao menos até o fim do Mundial de Clubes.
Gabigol deseja seguir com salário de 3 milhões de euros líquidos. Acontece que o valor é considerado alto até mesmo para o mercado europeu. E vale lembrar: apesar da temporada espetacular pelo Rubro-Negro, o camisa 9 do Fla ainda não é visto com muita confiança no Velho Continente, uma vez que não teve sucesso tanto pela Internazionale quanto pelo Benfica.
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A confiança de que nenhum grande clube europeu irá pagar o salário desejado por Gabigol é o que dá esperança para a diretoria do Flamengo – que já mirou Diego Costa como possível reposição caso Gabigol realmente se despeça.
JJ: salário estratosférico pode segurar o técnico
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Em contrapartida à situação de Gabigol, o alto salário recebido por Jorge Jesus pode ajudar o Flamengo a manter o treinador português. Segundo informado por O Globo, JJ já indicou para os dirigentes rubro-negros que cumprirá integralmente com o vínculo – que vai até junho de 2020.
Somente uma oferta de um gigante europeu ou seleção portuguesa poderiam mudar a opinião do Míster – que tem como sonho de consumo comandar o Barcelona e também deseja treinar o Porto, para entrar na lista de comandantes que já estiveram na área técnica dos três gigantes de seu país natal.
A segurança de que só poderá perder Jorge Jesus nestes casos específicos é reforçado pelo fato de que equipes médias da Europa não seriam, no geral, tão diferentes em relação ao salário de JJ, que deve subir de R$ 1,5 milhão por mês para R$ 3 milhões graças às metas atingidas em seu contrato.
Não bastasse os grandes feitos esportivos do Flamengo em 2019, o clube hoje tem confiança de conseguir fazer algo que quase nenhum outro sul-americano faz hoje: se equiparar ao menos aos clubes médios da Europa em determinadas negociações.


