Ex-presidente da CBF entre 2012 e 2015, José Maria Marín foi condenado a quatro anos de prisão por causa dos crimes cometidos na época em que comandou a principal entidade que regula o futebol brasileiro.
A condenação, após martelo batido pela juíza Pamela Chen, da Corte Federal do Brooklyn, poderia ser ainda maior. A magistrada abriu o julgamento indicando que o cartola poderia até mesmo pegar sete anos de prisão. Para livrar o réu de tal pena, o principal argumento da defesa de Marín foi a idade: 86 anos.
Além dos quatro anos de prisão, Marín teve 3,35 milhões de dólares (cerca de R$ 13,6 milhões) confiscados imediatamente, além de ter que pagar 1,2 milhão de dólares. No próximo dia 20 de novembro, uma outra audiência está marcada para discutir o valor que o ex-cartola deverá restituir à FIFA e Conmebol – somente a partir desta data Marín poderá recorrer, em até duas semanas, da decisão.
Ao ser chamado para dar sua palavra no julgamento, Marín se debulhou em lágrimas, disse carregar duas cruzes e citou a sua esposa. Em determinado momento, depois que nem mesmo o tradutor presente conseguiu entender as palavras ditas pelo brasileiro, a juíza pediu intervalo de dez minutos.
(Foto: Getty Images)
A defesa de José Maria Marín declarou, tão cedo a sentença foi divulgada, que irá fazer uma apelação e busca em 13 meses a pena – usando como argumento o tempo em que o cartola já ficou preso, além da subtração por bom comportamento. No total, a esperança da defesa é de que Marín tenha que cumprir no total dois anos e quatro meses de prisão.
