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Khalida Popal AfghanistanGetty Images

Ex-capitã do Afeganistão relata desespero de colegas por volta do Talibã: "É um pesadelo"

Khalida Popal conseguiu criar uma equipe afegã formada por estudantes para disputar competições internacionais, em 2007, superando todas as barreiras em seu país. Agora, a ex-capitã da seleção feminina do Afeganistão, descreveu o retorno do Talibã ao poder neste mês como "um pesadelo".

Após a retirada das tropas americanas do território afegão, o Talibã retomou o controle do país pela força após 20 anos fora do poder. Esta semana, o grupo tomou a capital do país, Cabul, enquanto as outras nações lutavam para evacuar as embaixadas e resgatar alguns colaboradores.

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Aos 34 anos, Popal, agora mora na Dinamarca, onde ainda atua como diretora da seleção feminina do Afeganistão. Ela disse que recebeu mensagens de suas ex-companheiras dizendo que estão com medo de como o regime pode tratar as mulheres e inseguras se poderão deixar o país.

"Recebo mensagens de jogadoras do Afeganistão que estão chorando, dizendo que estão abandonadas e presas em casa, sem poder sair, elas estão com medo", disse Popal à BBC Sport. "Todos os sonhos acabaram. É como um pesadelo."

"As jogadoras estão enviando seus vídeos e dizendo: As pessoas com quem falei estão agora do lado de fora da minha porta, não consigo respirar, estou com tanto medo e não vejo nenhuma proteção", acrescentou Popal. "O que está acontecendo agora está de volta à estaca zero. Sentimos que o show acabou."

A jogadora que já conviveu com muitas ameças ainda quando morava no Afeganistão, disse temer pela segurança de meninas e mulheres com o regime do Talibã.

“Nós encorajamos mulheres e meninas a se levantarem e serem ousadas, e agora estou dizendo a elas para não tirar fotos, fechar suas redes sociais e tentar calar suas vozes. Isso causa muita dor”, disse ela.

"As jogadoras têm falado muito, defendendo os direitos das mulheres, e agora suas vidas estão em grave perigo."

Assim que tomou o poder novamente, o Talibã tentou se apresentar como diferente do passado. O grupo alegou estar disposto a honrar os acodos feitos com o governo dos Estado Unidos. E, que pretendem ser um governo inclusivo e disposto a manter alguns direitos para as mulheres.

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