A maior fragilidade do meio-campo, ocasionando uma eventual desvantagem numérica que poderia facilitar a chegada de adversários ao ataque, foi o grande alerta que o PSG recebeu em relação à escalação ultra ofensiva de Thomas Tuchel no empate em 3 a 3 contra o Monaco, no último domingo (12).
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Neymar, Mbappé, Icardi e Di María – que formam o que está sendo chamado pela imprensa europeia de Quarteto Fantástico – sabem que precisam se dedicar com maior afinco defensivo para viabilizar o desenho proposto por Thomas Tuchel, que apesar de ser creditado como um 4-4-2 na prática se revelava um 4-2-4.
O ponto positivo para os parisienses é que o Monaco voltou a ser, três dias depois, adversário, desta vez em duelo atrasado da mesma Ligue 1 francesa. Oportunidade de ver, contra a mesma equipe contra a qual teve a sua pior exibição defensiva nesta temporada, eventuais falhas e buscar uma resolução para embasar a manutenção do quarteto de frente.
E a chave para equilibrar ataque e meio-campo, fases ofensiva e defensiva, foi Angel Di María. O PSG jogou de forma segura e goleou por 4 a 1, aumentando a vantagem na liderança para oito pontos em relação ao Olympique de Marseille, segundo colocado.
O argentino, que vem fazendo ótima temporada, foi um dos mais ativos no ataque e deu a assistência para o primeiro gol de Mbappé. Neymar, de pênalti, faria o segundo e daria a assistência para o quarto, também de Mbappé, após Sarabia anotar o terceiro (Bakayoko descontou no fim).
Defensivamente, contudo, Di María fez um de seus melhores jogos pelo PSG nesta temporada. Fez um desarme, mantendo sua média, mas bateu recordes de vezes em que recuperou a posse de bola para a equipe: oito, segundo estatísticas da Opta Sports. Manteve sua presença no ataque, mas voltou mais vezes para o campo de defesa, ajudando a recompor o setor de meio-campo que muitas vezes ficava com apenas dois homens. Deu um toque de 4-3-3 novamente ao time.
Di María vs Monaco: presença defensiva maior nesta quarta (esquerda) do que no domingo (direita)
Não chega a ser surpreendente ver Di María sendo a peça de equilíbrio dentro do que deu errado no último domingo: dentre os jogadores de frente, ele é quem possui as características de meio-campista, função que desempenhou também em todos os lugares em que jogou ao longo de sua carreira.
O PSG segue com ataque espetacular e ciente de que também precisa de energia para não se complicar atrás.