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De Gea Manchester United 2020Getty

De Gea falha cada vez mais pelo Manchester United e segue seu inferno astral

O espanhol David De Gea já foi o grande queridinho da torcida do Manchester United, especialmente nos anos posteriores à saída do técnico Sir Alex Ferguson – que não foram de tantas comemorações quanto os Red Devils estavam acostumados nos mais de 25 anos sob o comando do escocês. Mas de uns tempos para cá, ainda que consiga, vez ou outra, fazer defesas impressionantes, De Gea protagoniza erros inimagináveis para um arqueiro de sua categoria. E este inferno astral vem durando tempo demais, mostrando constância.

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A última das falhas aconteceu na derrota por 3 a 1 para o Chelsea, na FA Cup, que custou a ida dos Red Devils para a final contra o Arsenal. Os Blues já haviam aberto o placar, mas o 2 a 0 que praticamente colocou uma ‘pá de cal’ no embate foi marcado por mais um erro do espanhol de 29 anos. Mason Mount arriscou chute de longe, a bola não teve uma força impressionante e tampouco era daquelas destinadas ao cantinho do gol. Ou seja: era uma bola defensável. De Gea caiu, não esticou todo o seu braço e a bola triscou em sua mão recuada antes de encontrar seu destino nas redes de Wembley.

Após a eliminação, o técnico do United, Ole Gunnar Solskjaer, não escondeu a decepção com o gol sofrido pelo seu camisa 1, ainda que tenha elogiado a força de sua mentalidade. Preste bem atenção nas palavras do norueguês, pois elas conseguem, de certa forma, resumir tanto o momento ruim - que já dura mais do que se pensava - quanto mostrar a surpresa que é ver alguém que já foi símbolo de segurança no clube se transformar exatamente no contrário.

“Sobre a confiança de David De Gea eu não posso falar, mas ele é muito forte mentalmente”, disse o treinador para a BBC Sport. “Ele sabe que deveria ter defendido 100 vezes aquela bola em 100 tentativas, mas o futebol é assim. Eu tomei a decisão de escalar ele (no lugar do argentino Sergio Romero, reserva no geral mas que vinha atuando na FA Cup) e ele estava mentalmente preparado”.

De Gea Manchester United 2020Getty(Foto: Getty Images)

Quando diz que não pode dar o seu diagnóstico sobre a confiança do espanhol, Solskjaer ataca o ponto principal. A crise de confiança que faz De Gea aceitar chutes que defenderia “100 vezes em 100 tentativas” é a única explicação que tanto especialistas, quanto ídolos do próprio Manchester United, conseguem dar. E um acontecimento específico dá substância a este argumento: a irreconhecível Copa do Mundo de 2018 do arqueiro espanhol.

De Gea, vale lembrar, foi eleito o melhor de sua posição na eleição FIFPro de 2018. É mais ou menos como dizer que foi eleito o melhor goleiro do mundo naquele momento – o último a ser congratulado com tal honra, por exemplo, foi o brasileiro Alisson, do Liverpool, que também foi o primeiro a receber o prêmio Lev Yashin, congratulação que de fato passou a apontar o melhor do mundo sob as traves.

Mas no Mundial realizado na Rússia, De Gea protagonizou uma falha irreconhecível, um frango quase daqueles clássicos, no empate em 3 a 3 da Espanha contra Portugal, na estreia do torneio. De lá para cá, parece nunca mais ter encontrado a confiança necessária a um guardião de primeiro nível.

Vamos aos números. Entre sua estreia pelo United, em 2011, até o último jogo oficial pelo clube antes da Copa na Rússia, De Gea contabilizou 11 falhas consideráveis que resultaram em gols em 315 partidas (curiosidade: nenhuma delas no 2018 prévio ao Mundial). Após a turbulenta passagem espanhola pela Rússia, De Gea já soma 8 erros que resultaram em gols nas 87 vezes em que representou o United. O aumento é assustador.

2020_3_1_degea(C)Getty Images(Foto: Getty Images)

Acontece que a estatística dos “erros que resultam diretamente em gols” não conta toda a história. A falha, clara e evidente, no segundo gol sofrido na semifinal da FA Cup 2019-20 não é tipificada desta forma pela Opta Sports, por exemplo. Assim como o erro praticamente igual no empate por 1 a 1 com o Tottenham, no primeiro jogo do United na retomada dos jogos em 2020 após a paralização pela Covid-19.

Entre estas falhas, exatamente um mês de diferença. Entre o De Gea confiável e confiante, para o De Gea irregular e pouco confiável já são dois anos.

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