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Danilo se espelhou em CR7, Marcelo e Sergio Ramos por sucesso: "Não queria ser um que passeou na Europa e voltou"

Danilo, da Juventus, joga há dez anos em grandes clubes da Europa: desde 2011 até hoje defendeu Porto, Real Madrid, Manchester City e atualmente no clube italiano. O processo para atingir essa regularidade no topo veio por meio de inspiração em jogadores com os quais conviveu nessa trajetória, como por exemplo Cristiano Ronaldo, Sergio Ramos, Marcelo (Real Madrid), Hulk, João Moutinho e Lucho González (Porto), entre outros.

Desde que saiu do Santos rumo ao Velho Continente Danilo tinha clara na cabeça a intenção de não ser mais um "bate e volta" do Brasil. O primeiro ano no Porto, no entanto, teve desafios. Ele atuou apenas oito vezes ao longo da primeira temporada.

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"Até então cheguei com a mentalidade de 'Pô, venho do Santos, campeão da Libertadores (2011), jogo na seleção brasileira principal. Então eu sou bom já e não preciso fazer nada demais. Entretanto as coisas não estavam andando, não andavam e eu falei. 'Cara, ou eu vou fazer diferente, ou daqui volto pra trás. E não eram meus planos. Não queria ser um que saiu do Brasil, passeou na Europa e voltou. Não, nunca foi meu objetivo. Então passei a olhar esses jogadores e fazer igual a eles", disse Danilo, em entrevista exclusiva concedida para a Goal na semana passada.

No Santos, Danilo conta que ao CT Rei Pelé para treinar praticamente no horário da atividade. No Porto teve seu primeiro choque de realidade: teria de estar no local 1h30 antes.

"Em um determinado momento deu um estalo e passei a observar o que os jogadores que faziam diferença para a equipe naquele momento. Foi quando olhei jogadores como Hulk, João Moutinho, Lucho Gonzalez, os mais experientes do Porto. Jogadores com identidade no clube, muita influência, e passei a observar eles. Falei: 'Pô, tenho que fazer o que eles fazem'".

"O que era ser igual a eles? Chegar e ir pra academia trabalhar, fazer fortalecimento, melhorar agilidade e força. Como eles treinam? Eu tinha na cabeça que treino é treino e jogo é jogo. Não, irmão. Treino é jogo e jogo é jogo. Você joga como você treina. É assim que funciona. Não dá para falar, amanhã só vou treinar e depois vou jogar bola de verdade. Não é assim, precisa de rotina. Comecei a treinar como os caras. Treino é jogo e jogo é jogo. Esse processo me fez conseguir elevar um patamar. Foi o que aconteceu no Porto".

No Real Madrid, em 2015/2016 e 2016/2017, Danilo conta que na primeira pré-temporada, na Austrália, percebeu o tamanho do clube ao ver uma multidão de fãs na porta do hotel daquele país distante da Espanha. "Difícil explicar pra quem não viveu. Real Madrid é enorme. Tudo é muito grande, exagerado".

"Procurava aprender e olhar para os maiores: Marcelo, Cristiano, Sergio Ramos. Jogadores que estavam tantos anos naquele nível. Alguma coisa de especial e diferente tinha que ter para estar tanto tempo num lugar onde um acerto é muito valorizado mas um erro é muito penalizado também. Talvez a coisa que mais tenha aprendido no Real Madrid é em termos de personalidade. Enfrentar momentos difíceis e de maior pressão da forma mais natural possível. Com responsabilidade, mas confiar no seu potencial", disse.

Cristiano Ronaldo, posteriormente, viria a ser seu parceiro de clube também na Juventus, onde os laços ficaram ainda mais próximos. A saída do português para o Manchester United, obviamente, foi sentida no clube italiano.

"Qualquer time que ele deixar no mundo vai sentir falta. Não tem jeito, os anos passaram e ele continua letal. Os números não mentem. Na mínima oportunidade é gol. Não tem história, conversa. É assim e pronto, acabou. Ele é extremamente competitivo. Pude aprender muito ao lado dele. Criei uma proximidade muito bacana dele no Real e na Juventus ainda mais. Vai e está fazendo falta, mas a Juventus tem a capacidade e DNA de se reerguer, com muito trabalho e sacrifício para poder alcançar vitórias. O Cristiano sabe disso", disse Danilo.

"Nos falamos, desejamos boa sorte, mandamos mensagens. Ele sabe que desejo o melhor para ele. Ele deixa as pessoas felizes com o futebol. Eu como torcedor e apaixonado por futebol é muito bacana ver como ele joga, celebra gols, como fica puto às vezes (risos). Muito legal isso. Espero que possa ser vitorioso no Manchester. Na Juventus sentimos falta dele, mas estamos abraçados e unidos porque precisamos nos juntar para fazer a Juventus voltar a ser campeã do Scudetto".

Jogar no Real Madrid, clube mais vencedor da história da Liga dos Campeões, com 13 taças ao todo, rendeu aprendizados a Danilo.

"No Real os jogadores têm muito isso. Ou seja, quando o bicho está pegando, as coisas não estão indo bem, ou quando é final, jogo importante, eles têm uma confiança neles, uma coisa dentro deles. 'Aqui é Madrid, somos dos maiores clubes do mundo e faremos a diferença lá dentro'. Oque mais aprendi no Madrid foi essa parte de personalidade".

Essa postura de Danilo rendeu a faixa de capitão da Juventus pela primeira vez recentemente e a vaga de titular na lateral direita da Seleção Brasileira de Tite. O atleta, inclusive, entrou no time da semana passada das Eliminatórias da Copa do Mundo, após a vitória por 1 a 0 sobre a Colômbia que carimbou a vaga na Copa do Mundo no Catar.

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