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Luiz Felipe Scolari Felipão Cruzeiro Oeste Série B 14 01 2021Bruno Haddad/Cruzeiro

Cruzeiro é o primeiro grande a não voltar à elite um ano após cair para a Série B?

Faltando três rodadas para o término da Série B do Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro já sabe que não conseguirá o acesso para a elite na temporada 2021. Um feito raríssimo na história dos nossos maiores clubes em suas temporadas na segunda divisão.

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O futebol brasileiro – e mundial - passa por um processo de afunilamento na compreensão do que significa ser considerado um “clube gigante”. Por aqui, a história da construção dos gigantismos têm origem em campeonatos regionais disputados em regiões que, em muitos casos, têm o tamanho de países europeus. O Brasil, afinal de contas, é um país de dimensões continentais. Neste texto vamos considerar que o futebol brasileiro conta com 13 gigantes, embora vários deles não sejam atualmente grandes potências esportivas no cenário nacional: os quatro emblemas tanto do Rio de Janeiro quanto de São Paulo, os dois de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul e o Bahia.

Dentre estes, a maior parte já viveu a decepção de um rebaixamento – às vezes de vários. Mas o retorno à elite logo após um ano na segunda divisão tem sido, até aqui, quase uma regra. Será o Cruzeiro o primeiro clube, dentre estes considerados gigantes, a não ter conseguido retornar à elite do futebol logo depois de ter caído? Vamos aos casos.

O caso Grêmio 1992

Em 1991 o Grêmio foi rebaixado à segunda divisão com requintes de crueldade, uma vez que no duelo que sentenciou a degola De León, herói histórico da década anterior, estava no lado adversário vestindo a camisa do Botafogo.

O Tricolor Gaúcho fez uma péssima campanha na segunda divisão de 1992, terminando apenas na sétima posição, mas ainda assim conseguiu o acesso. Ao invés de seguir com o regulamento que no ano anterior previa apenas dois acessos, a CBF havia mudado a regra antes da competição: distribuiu 12 vagas aos melhores colocados da Série B, o que resultou no retorno do Grêmio à elite em 1993. De quebra, a CBF blindou os seus 13 grandes clubes do rebaixamento no Brasileirão de 1993: Atlético-MG e Botafogo, que fizeram péssimas campanhas naquele ano, agradecem.

O Grêmio jogou a Série B de 1992 e subiu em campo. Já com o acesso do Tricolor garantido para 1993, a Série B de 1992 ainda passou por mudanças em seu regulamento na segunda fase - que já não contou mais com o Tricolor.

Fluminense, Bahia... e Cruzeiro

O Brasileirão de 1998 terminou com dois gigantes rebaixados e sem viradas de mesa. Fluminense e Bahia caíram para a Série B e não retornariam à elite na temporada seguinte. Os cariocas foram rebaixados à terceira divisão, enquanto os baianos permaneceram na segundona para 1999. Foram, oficialmente, os dois primeiros casos de clubes grandes que não retornaram logo após a queda. Agora, o Cruzeiro se une a este grupo de gigantes que tiveram que conviver com esta triste e decepcionante realidade.

*Texto editado em 15 de janeiro, às 9h14, buscando deixar claro que a mudança no regulamento, no acesso de duas para 12 equipes, aconteceu antes do início da Série B de 1992. Portanto, o Grêmio não foi beneficiado por uma "virada de mesa" no meio da competição, embora a mudança no regulamento tenha sido feito para beneficiar o gigante na época e os outros grandes do Brasil - tanto que em 1993 o regulamento proibia a queda dos 13 maiores clubes. Nosso erro foi fruto de uma pesquisa que usou uma fonte equivocada. As mudanças que aconteceram no decorrer daquela disputa de segunda divisão foram nos critérios de classificação dentro da segunda fase: de duas equipes classificadas, passou a ser três equipes - e não envolviam o clube gaúcho.

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