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Cristian Medina NXGN GFXGetty/GOAL

Cristian Medina: a próxima revelação da 'fábrica de volantes' do Boca Juniors

Chegar aos profissionais de um clube do tamanho do Boca Juniors já é uma tarefa difícil, ao passo que poucos são capazes de conseguir um lugar na equipe titular.

Então para um jogador que acabou de fazer 19 anos em junho, ter 39 partidas no time de cima sugere que trata-se de um talento especial.

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Essas estatísticas correspondem a Cristian Medina, que emergiu como uma luz no fim do túnel na La Bombonera em 2021 - e muitos acreditam que o jovem será o futuro do meio-de-campo da seleção argentina.

Já vem dando os primeiros passos para chegar lá, também, já que foi um dos poucos garotos a serem convocados por Lionel Scaloni para a seleção nas partidas eliminatórias para a Copa do Mundo em novembro.

Junto de seu companheiro Exequiel Zebalos e do atacante da Juventus, Matías Soule, Medina teve a oportunidade de treinar como nomes como Lionel Messi, Paulo Dybala e Lautaro Martínez, assim como seu modelo no futebol, Leandro Paredes, do PSG.

"Eu o acompanhei quando ele estava no Boca," comentou Medina. "Ele tinha uma capacidade técnica muito boa, dava ótimos passes. Gosto disso nele."

"Ele também se posiciona muito bem e é um cara tranquilo. Eu presto atenção nisso."

Por mais que Paredes possa não ser a grande inspiração para tantos no futebol, Medina certamente utilizou as lições que aprendeu assistindo o atual jogador do Paris Saint-Germain até o momento.

Criado em Buenos Aires, Medina já fazia parte das categorias de base do Boca Juniors com apenas 10 anos de idade, após impressionar olheiros em seu clube local, o El Rayo.

Medina foi um dos únicos jogadores de 2000 a participar do período de testes... e ficou claro para todos que ele já estava muito acima dos outros em termos de técnica e motivação.

"Ele tem muita técnica, é ótimo no um contra um, veloz, passava por todos com facilidade," explicou Diego Mazzilli, um dos olheiros do Boca naquele dia, para a GOAL."

"Já era um jogador elegante naquela época. Forta também, aguentando pancadas dos garotos que erravam o tempo de bola quando tentavam tirar a bola dele."

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Medina originalmente começou sua carreira no Boca Juniors jogando como um ponta pelo lado direito, mas gradualmente foi movido para o meio de campo. E esse conhecimento sobre outras posições o vem ajudando a compreender espaços e se posicionar melhor.

"Me sinto confortável jogando como camisa oito, cinco ou dez. Dá na mesma para mim," explicou o garoto em uma entrevista recente. Mesmo assim, Medina vem atuando na maioria de suas partidas pelos profissionais como um meio-campista completo, um segundo volante.

Assim, já foi comparado a outros atletas criados nas categorias de base do Boca, como Fernando Gago e Ever Banega. E assim como a dupla, também vem de carreira gloriosa nas seleções de base, tendo feito parte da seleção argentina que conquistou o Sul-Americano sub-15 em 2017 e o sub-17 dois anos depois.

"Ele é muito inteligente, faz o time jogar ao seu redor," elogiou seu ex-técnico na Argentina sub-20, Fernando Batista. "É o jogador que encontra os espaços vazios no campo."

A estreia de Medina nos profissionais veio em fevereiro de 2021, como um substituto contra o Gimnasia, mas só começou a chamar mesmo a atenção em seu quarto jogo como titular... contra o River Plate, no maior clássico do futebol argentino.

Após grande atuação em seu primeiro clássico, Medina voltou a brilhar em maio, também contra o River, dando uma assistência para Carlos Tévez. Já em 2018, virou notícia ao marcar de letra no duelo entre as equipes, na base - uma habilidade que ele já tentou repetir durante seus primeiros meses nos profissionais.

Seguiu em boa fase no time de cima marcando seu primeiro gol pelo Boca Juniors contra o Atlético Tucumán, am abril, antes de ser eleito o melhor em campo contra o The Strongest apenas quatro dias depois, em sua estreia na Copa Libertadores - e sua estreia enfrentando a tão temida altitude de La Paz.

Naquele momento, formou um trio de meio-campistas jovens e criados em casa no Boca Juniors, junto de Alan Valera e Agustín Almendra no que a torcida apelidou de "MVA".

E por mais que tenha perdido a titularidade absoluta durante a segunda metade da temporada, termina o ano tendo feito uma temporada espetacular de estreia como profissional.

"Ele é um jogador muito inteligente," explica Mazzilli. "Sabe quando precisa dar apenas um toque na bola ou quando tem espaço para conduzí-la, quebrar linhas verticalmente."

"É muito técnico e capaz de dar passes longos e assistências."

Não é surpresa para ninguém, então, que times europeus já comecem a ir atrás do garoto. PSV e Zenit, por exemplo, seriam dois dos interessados em contar com o futebol do volante de 19 anos.

O time russo, onde Paredes deu seus primeiros passos no futebol europeu, teria feito uma oferta de pouco mais de seis milhões de euros, recusada pelo Boca, que pretende vender Medina apenas por 13 milhões ou mais.

Parece inevitável, porém, que o garoto seja o próximo talento formado em casa a deixar o Boca Juniors e brilhar na Europa em um futuro próximo.

Já provou, afinal, ser capaz de suceder os passos de vários nomes históricos dentro do clube - e parece estar pronto para dar o próximo passo.

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