O Flamengo deu uma aula de futebol contra o Grêmio, especialmente no primeiro tempo da partida de ida válida pela semifinal da Libertadores da América. No final das contas, o resultado ficou no empate por 1 a 1, o que não parece refletir o que aconteceu nos gramados porto-alegrenses. Mas se os cariocas não golearam por 4 a 1, foi por questão de milímetros.
A equipe treinada por Jorge Jesus chegou a estufar quatro vezes as redes gremistas, mas em três ocasiões o lance foi anulado, depois que VAR identificou irregularidades. E se a placa com os dizeres “hoje tem gol do Gabigol” virou mania entre o próprio jogador e torcedores, nesta quarta-feira Gabriel foi o “culpado maior” pela goleada não ter acontecido foi o próprio jogador.
No primeiro lance, a jogada foi irregular por causa de uma falta de Gabigol sobre Kannemann – o camisa 9 empurrou o zagueiro antes de Everton Ribeiro estufar as redes. O árbitro Néstor Pitana viu irregularidade e anilou o lance.
No segundo, Gabigol estava a milímetros à frente da linha de defesa tricolor – uma irregularidade que só pôde ser vista por causa da tecnologia do VAR.
Quando o Flamengo já ganhava por 1 a 0, no segundo tempo, o artilheiro do Brasil voltou a estufar as redes, mas desta vez o impedimento foi ainda mais nítido.
E a grande ironia está no lance do belo gol marcado por Bruno Henrique: todos os jogadores do Flamengo trocaram passes entre si, durante cerca de um minuto. Foram 18 passes, contando com o cruzamento certeiro de Arrascaeta para Bruno. O único jogador flamenguista que não tocou na bola foi Gabigol.
O camisa 9 do Flamengo não tocou na bola no gol (Foto: Opta Sports)
Talvez tenha sido o dia mais incomum de Gabigol pelo Flamengo.
