Diante de diversos casos relacionados a racismo em partidas da La Liga, a competição passou a utilizar um protocolo antirracista a partir de 2017, que deve ser seguido pela arbitragem de cada partida. Esse protocolo voltou a ficar em evidência após mais um caso de racismo registrado contra Vini Jr, desta vez diante do Valencia, no Estádio Mestalla.
O protocolo antirracismo foi assinado pelo Conselho Superior de Esportes da Espanha em março de 2005. Mas foi a partir de 2017, que La Liga passou a recomendar a seus árbitros um conjunto de medidas semelhantes. Pensando nisso, a GOAL te mostra como funciona o protocolo, que é divido em quatro passos, contra o racismo do Campeonato Espanhol.
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Getty- O primeiro passo é paralisar o jogo caso o árbitro, ou algum jogador, perceba algum gesto racista vindo da arquibancada.
O segundo é um aviso no sistema de som do estádio. A medida é feita para avisar aos torcedores para pararem com os gestos racistas, sob pena da partida ser suspensa.
O terceiro é a suspensão da partida. Esse passo é dado quando as ofensas não param. Neste caso, as equipes descem ao vestiário e um novo aviso no sistema de som do estádio é feito. Após isso, os times retornam e a partida continua.
O quarto é a suspensão definitiva da partida. Isso acontece quando, mesmo com os avisos de som e a paralisação da partida, os gritos racistas continuam. Assim, o árbitro finaliza a partida, independentemente de quanto tempo estiver faltando para o final do jogo.
Dos quatro passos definidos no protocolo antirracista de La Liga, os dois primeiros foram feitos na partida entre Valencia e Real Madrid. O quarto passo nunca foi adotado em casos de racismo no Campeonato Espanhol, mas já foi tomada em 2019, quando o jogador ucraniano Roman Zozulya foi chamado de "puto nazista" por torcedores do Rayo Vallecano.