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Clayson Corinthians Ferroviária Paulista 27032019Daniel Augusto Jr./Ag. Corinthians

Como Carille resgatou Clayson e fez dele uma arma do novo Corinthians

Clayson foi um dos maiores destaques do Corinthians na vitória por 2 a 1 sobre o Santos, na partida de ida válida pelas semifinais do Campeonato Paulista de 2019. Atuando na extremidade esquerda do 4-1-4-1 montado por Fábio Carille, o camisa 25 mostrou uma recuperação inquestionável após dramas pessoais e críticas recebidas por parte dos torcedores por causa  de suas exibições em 2018.

No último domingo (31), além da plasticidade na sua ‘caneta’ sobre Felipe Jonathan, foi o atleta mais agudo dentro de campo: arriscou mais finalizações do que qualquer um (três no total, duas na direção certa) e garantiu a vitória corintiana, de virada, ao acertar o chute cruzado no gol de Vanderlei ainda no primeiro tempo. Um lance bem parecido às suas duas assistências contra a Ferroviária, nesta sequência de três partidas que mostraram uma retomada de sua carreira justamente no retorno de Fábio Carille ao comando do Corinthians.

Críticas e dramas pessoais

Jogador importante nas conquistas do Brasileirão em 2017 e Paulista do ano seguinte, troféus levantados antes de Carille deixar o Timão para uma curta passagem pela Arábia Saudita, Clayson viu seu desempenho cair vertiginosamente em 2018 – assim como aconteceu com a equipe como um todo. Uma queda que mostrou ecos de dramas pessoais vividos: uma lesão no menisco seguida pelo susto que envolveu o nascimento prematuro de sua filha e o falecimento da sogra.

Esportivamente, foram dois pontos negativos: a punição de dois jogos no Brasileirão por ter atirado água em torcedores da Chapecoense, na derrota por 2 a 1 válida pela 18ª rodada, e o jejum de gols que durou cerca de 11 meses. O prestígio caíra tanto, que por muito pouco Clayson não deixou a Arena Corinthians pare reforçar o Atlético-MG em negócio que envolvia a chegada de Luan à equipe paulista. Um dos responsáveis em sua permanência foi exatamente Fábio Carille, que segue demonstrando uma vocação para recuperar atletas que estavam em baixa.

Volta por cima

Fabio Carille Independiente Corinthians 18042018 Copa LibertadoresCarille voltou... e Clayson reencontrou o seu melhor futebol (Foto: Getty Images)

“Só pedi para a diretoria para que ele não saísse naquele momento. Quando a gente fala que a gente quer recuperar um jogador, estou falando de todos, isso passa pelo interesse do atleta também, de querer mudar. Ele já conhecia o sistema, o que um jogador de lado tem que fazer ele já sabia. Chegou aqui em 2017, foi campeão brasileiro com a gente, campeão paulista ainda com a minha passagem aqui. Ele está num momento legal, com confiança, partindo para o um contra um. Fazendo tudo o que a gente espera do Clayson nos jogos, está sendo fundamental, está sendo decisivo”, afirmou o treinador após a vitória sobre o Santos.

GFX Clayson 2019Útil no ataque... e também na defesa, encaixe com o modelo de jogo (Fonte: Footstats)

Em 2019, com Romero sem oportunidades em meio ao imbróglio envolvendo sua situação contratual, o extremo voltou a ganhar oportunidades. Entre os pontos positivos, as suas características encaixam perfeitamente com o estilo de futebol do Corinthians treinado por Carille: Clayson não apenas tem a velocidade e o drible para ser decisivo especialmente em contra-ataques, mas também sabe pressionar a saída de bola adversária e ocupar bem os espaços pelo lado na fase defensiva.

Um dos pontos que precisam de melhora era a finalização. Pois apesar de ser um dos corintianos que mais arrematam (17, menos apenas do que Gustagol), é também um dos que mais erram essas tentativas (11, menos apenas do que Pedrinho). O seu gol contra o Santos demonstra a confiança de arriscar uma jogada decisiva.

Nos dois embates com a Ferroviária, pelas quartas de final do Paulista, Clayson foi o autor das assistências que garantiram os empates por 1 a 1 antes da definição da vaga nos pênaltis. Lances muito parecidos, com o extremo entrando em velocidade pelo flanco esquerdo da área antes de optar pelo passe seco e rasteiro. Contra o Santos de Jorge Sampaoli, enfrentou a marcação do bom Victor Ferraz e surpreendeu o lateral com a sua escolha: ao invés de repetir o que deu certo nas semanas anteriores, cortou para o meio e bateu cruzado. Um gol que marca mais uma recuperação individual de uma das equipes mais competitivas do Brasil quando esteve sob o comando de Fábio Carille.

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