Por João Henrique Castro
Encerrado o primeiro turno da Copa Libertadores, o Cruzeiro é o único brasileiro que venceu os três jogos até aqui, dois deles fora de casa, e que pode ostentar 100% de aproveitamento na competição.
Ao lado dos paraguaios Cerro Porteño e Libertad, a Raposa segue dependendo apenas de si mesma para terminar a fase de grupos na primeira colocação geral, situação que garantiria o direito de definir oitavas, quartas e semifinal em casa, já que a final será em jogo único em Santiago.
A situação confortável no grupo B permite ao treinador Mano Menezes fazer alterações pontuais na equipe a cada partida, revezando os jogadores que são poupados a cada jogo, no Campeonato Mineiro e na Libertadores, mantendo o grupo em forma e preservando os atletas do desgaste.
Na partida contra o Emelec em Guayaquil, por exemplo, Egídio ganhou um descanso enquanto Dodô pode iniciar a partida. Rodriguinho, artilheiro celeste na Libertadores, acabou sendo substituído no duelo para ser preservado das dores que vem sentindo na região lombar. E ainda assim a Raposa voltou do Equador com mais uma vitória.
Cruzeiro ECA construção de uma sequência de vitórias tem servido para manter o clima em alta e a relação em paz com a torcida que tem entendido e aproveitado o momento, apoiando o grupo, comparecendo ao estádio e vibrando até com o anúncio de reforços. Como foi o caso da contratação do atacante Pedro Rocha que se junta agora a Rafinha, Marquinhos Gabriel e David como opções de velocidade para a construção de jogadas pelo lado do campo.
Faltando receber Huracán e Emelec no Mineirão e com uma viagem a Venezuela para encarar o surpreendente Deportivo Lara, segundo colocado do grupo - e que vendeu caro a derrota no MIneirão -, as perspectivas são boas e é considerável a chance do Cruzeiro manter os 100% de aproveitamento até o final da fase de grupos. Construindo assim a possibilidade do torcedor vibrar com três classificações decididas em casa no caminho até a final antes de seguir para a reconquista de Santiago e o tri da América.
![]() | João Henrique Castro é professor, historiador e, obviamente, cruzeirense. Daqueles que sabe que nada brilha mais no céu do que as cinco estrelas que traz no peito. |



