Para entender a mentalidade de Brooke Norton-Cuffy, basta olhar o número que ele está usando nesta temporada pelo Rotterham United. O lateral direito, emprestado pelo Arsenal, optou por usar a pesada camisa 10 pelos Millers, número normalmente usado por talentosos meias de armação.
“Eu escolhi a 10 por conta da pressão. Eu sabia que esse número me obrigaria a jogar bem, e que faria com que eu me arriscasse mais no ataque, ao invés de me dedicar apenas ao jogo defensivo”, contou o defensor à GOAL.
Titular absoluto nas últimas partidas do Rotterham, Brooke recentemente foi eleito o homem do jogo, no duelo contra o Sunderland, quando recebeu mais de 80% dos votos dos torcedores.
Tem sido um ótimo início pelo clube, mas o bom desempenho não é exatamente uma surpresa para quem acompanhou suas performances pelo Lincoln City, onde já dava pistas de seu talento. Para um defensor tão jovem, a adaptação de Norton ao futebol profissional tem sido rápida e impressionante.
O lateral também mostrou maturidade ao decidir por um empréstimo, para ter mais minutos em campo ao invés de seguir atuando pelo sub-23 do Arsenal. “Eu gosto do sub-23, mas como tive a oportunidade de jogar com os profissionais, não poderia perder a oportunidade”, afirmou.
Diversos clubes se interessaram pela possibilidade de contar com Norton-Cuffy, também por seu ótimo desempenho no título europeu da Inglaterra sub-19. O Rotterham United, do treinador Paul Warne, foi quem conseguiu seduzir o jovem, com um projeto sólido e a oportunidade de atuar.
Getty Images“Não tenho certeza se é uma cultura da Championship ou algo interno do clube, mas os treinamentos são muito intensos. É muito mais competitivo, então eu preciso estar ligado o tempo todo, pois uma bola perdida ou passe errado podem significar uma derrota. Tem sido um período de aprendizado”, disse o inglês.
A determinação de Norton-Cuffy em seguir melhorando passa pela ideia de retornar em breve ao Arsenal, e finalmente ter sua chance no time principal. Ele chegou ao clube com apenas 10 anos de idade, quando ainda jogava como atacante, e aos poucos foi se adaptando à posição de defensor, onde joga hoje.
É um jogador visto com bons olhos para o futuro dos Gunners, o que se reflete em seu longo contrato. O mesmo padrão foi visto em crias da base do clube inglês, como Bukayo Saka, Emile Smith Rowe e Eddie Nketiah, que hoje integram o elenco principal.
Apesar do desejo de brilhar pelo Arsenal, Norton trata de focar no presente, e entregar o seu melhor pelo Rotterham. “Quero atingir o meu potencial máximo e me tornar um jogador de elite na Europa, quero vencer o maior número de troféus que puder”.

