João Paulo Bruno Henrique Botafogo Palmeiras Brasileirão Série A 25052019Cesar Greco/Ag. Palmeiras

Botafogo quer anular jogo com Palmeiras, mas regra do VAR permite isso?

O Botafogo avisou na noite do último domingo que irá pedir a anulação do jogo contra o Palmeiras pela sexta rodada do Brasileirão. Jogando em Brasília, o time carioca perdeu por 1 a 0 em gol de pênalti de Gustavo Gómez. A infração foi marcada com o auxílio do VAR.

QUER VER JOGOS AO VIVO OU QUANDO QUISER? ACESSE O DAZN E TESTE O SERVIÇO POR UM MÊS GRÁTIS!

Em um tuíte publicado pela conta oficial do clube, o Botafogo diz que "o VAR foi usado indevidamente, pois a partida havia sido reiniciada".

Mais artigos abaixo

O clube diz que ao revisar um lance após o jogo ter recomeçado, o árbitro violou a regra 5 e o protocolo 8.12 da regra do VAR.

Analisando a regra do VAR é possível perceber que a reclamação do Botafogo é válida. O texto diz o seguinte:

"Revisões após reinício da partida - Se o jogo parou e depois recomeçou, o árbitro só pode revisar e tomar medidas disciplinares em caso de identificação errada de cartão e potencial expulsão por ofensa relacionada a conduta violenta, cuspe, mordida ou gesto extremamente ofensivo".

Mas embora o juiz não pudesse ter revisto o pênalti, a regra não diz que isso é o bastante para invalidar uma partida.

Segundo a FIFA, uma partida NÃO pode ser invalidada por:

  • Mal funcionamento da tecnologia do VAR (como no caso da câmera que lê se a bola passou ou não da linha de gol);
  • Decisões erradas tomadas com a ajuda do VAR;
  • Decisão de não revisar um incidente de jogo;
  • Revisão de situação/decisão que não deveria ser revisável

O caso do jogo entre Botafogo e Palmeiras entraria no último caso: "Revisão de situação/decisão que não deveria ser revisável."

O árbitro errou ao revisar um lance que não era mais passível de revisão, mas, de acordo com a International Board, isso não é suficiente para fazer um jogo ser anulado. A decisão, no entanto, deverá ser tomada por um tribunal de justiça desportiva se o caso avançar nas esferas responsáveis.

Publicidade