Jhon Arias FluminenseGetty Images

Arias exclusivo: Flu entre os melhores do Brasil e relação fantástica com Diniz

Na nova geração de futebolistas colombianos, o nome de Jhon Arias, atacante do Fluminense, surgiu fortemente. Em apenas alguns anos, ele deixou de lutar nos duros campos da segunda divisão colombiana para ser uma estrela para o clube carioca.

Sua excelente forma sob Fernando Diniz (33 partidas nesta temporada) lhe rendeu sua primeira convocação para a seleção, mas Arias quer mais. Em um bate-papo exclusivo com a GOAL, o ponta discute seu presente e seu futuro. Seu trabalho árduo e sua autoconfiança o motivam a continuar crescendo e ser muito importante tanto para seu clube quanto para a Colômbia.

Confira, abaixo, a entrevista completa com o meia-atacante do Fluminense.

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Você está se desenvolvendo muito nesta temporada, sendo um dos jogadores mais utilizados e mais importantes do Fluminense e tendo marcado oito gols e distribuído nove assistências. Como você está se divertindo?

Estou me divertindo muito. Estou feliz, me sinto adaptado ao futebol brasileiro e à maneira como a equipe joga. A maneira como jogamos facilita meu estilo de jogo. O coletivo influencia o indivíduo e é por isso que estes números aparecem. Embora eu esteja aproveitando um grande momento, estou consciente de que posso fazer mais pela equipe. Temos que continuar trabalhando para conseguir grandes coisas.

Fred diz que o Fluminense tem o melhor futebol do Brasil, você acredita nisso?

Temos muita confiança em nosso trabalho e na qualidade de nosso plantel. Podemos não ter o mesmo investimento que outros clubes, mas em campo somos uma equipe que sabe o que queremos com a bola, temos estratégias bem definidas e variações de jogo. Se não somos os melhores, certamente estamos entre eles.

O Fluminense é um candidato ao título do Brasileirão 2022 e pode vencer Flamengo, Palmeiras e Atlético Mineiro?

Como eu disse, podemos não ter o mesmo nível de investimento, mas em campo estamos em pé de igualdade com essas equipes. Nossa equipe é muito forte e lutaremos pelos títulos. Mantemos nossos pés no chão, pois são clubes que jogam juntos há anos. Mas também temos a qualidade de ser protagonistas no país.

Você é um jogador-chave nesta temporada no Fluminense com Fernando Diniz como treinador. O que ele lhe ensinou? Como é sua relação com ele?

Meu relacionamento com ele é fantástico. Ele é um treinador do mais alto nível. Ele é apaixonado por futebol e sempre que treinamos, aprendemos algo novo. Como eu disse, parte do que estou vivenciando é por causa dele. Estamos felizes em jogar por causa da maneira como ele pensa sobre futebol. Se hoje temos futebol de qualidade e jogamos bem, devemos isso aos conceitos que ele aplica diariamente ao time.

Dani Alves diz que Fernando Diniz é muito importante para seu desenvolvimento pessoal, você também acha que sim?

Ele, tendo sido um atleta, sabe como funciona a cabeça de um jogador. Ele já passou por muitas situações que nós já passamos. Ele sabe como se comunicar e é muito didático no treinamento diário. Tenho crescido muito em aspectos táticos, na leitura do jogo. E eu acho que esta é uma de suas grandes qualidades. Ele sabe como se comunicar conosco.

Você se vê dando o salto para a Europa no futuro?

Neste momento, estou totalmente focado no Fluminense e em nos sairmos bem tanto no Brasileirão como na Copa do Brasil. Temos as condições para sermos campeões. É nisso que estou me concentrando no momento. Jogar na Europa, quando chegar a hora certa, vai acontecer. Primeiro quero colocar meu nome na história do Fluminense. Mas certamente é um dos meus objetivos futuros.

Você teve que lutar muito em sua carreira para chegar onde está agora. Não faz muito tempo você estava na segunda divisão na Colômbia com o Llaneros e agora você está jogando no Brasileirão e com a seleção nacional. O que pensa disto?

Isto é um reflexo do meu trabalho, do meu compromisso. Na verdade, se você pensar bem, é um grande salto. Mas eu sempre soube que poderia chegar onde estou e ir mais longe. Os inícios são sempre difíceis, mas nunca duvidei de que alcançaria meus objetivos.

A Colômbia está em processo de renovação, com o surgimento de muitos jovens jogadores como Luis Díaz, Cucho Hernández e você mesmo, que estão tomando o lugar de uma geração de ouro. Como você experimenta esta mudança a partir de dentro?

A renovação é um processo natural. Novos jogadores aparecem e começam a se destacar. Sempre produzimos grandes jogadores, sempre tivemos essa força. É uma grande geração. Temos jogadores que se destacam nas grandes ligas, acrescentando experiência e dando esse retorno à equipe nacional. Estou otimista. Naturalmente, a mistura de jogadores mais experientes com os recém-chegados é a combinação certa para conseguirmos grandes coisas.

Você fez sua estreia para a equipe nacional na última convocação, o que isso significou para você?

Isso significa tudo. O sonho de toda criança é jogar para a seleção nacional. Para representar o país. É uma emoção indescritível. Agora se trata de encontrar meu lugar e me estabelecer na equipe. A maneira de fazer isso é manter a regularidade no Fluminense. Conheço minha qualidade e o que posso trazer para a equipe nacional colombiana. Mas se eu pudesse resumir seria: viver um sonho para mim e para toda minha família vestindo a camisa do meu país.

Você já teve algum ídolo que gostasse de admirar ou que até agora você admira, mesmo após ser um profissional?

Radamel Falcao e Kaká são dois jogadores que eu gosto e admiro.

Seu nível o coloca entre os melhores do Brasil, quais são seus pontos fortes como jogador e onde você ainda precisa melhorar?

Eu sempre fui um jogador com boa velocidade, driblando e passando. Acho que posso melhorar em todos os sentidos. Um jogador de primeira linha nunca pode estar satisfeito. Há sempre algo a melhorar. Meu entendimento tático está crescendo muito com Fernando Diniz. Aprendo muito com ele e meu crescimento, e tudo o que me acontece, também acontece por causa de sua influência.

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