Mais de onze décadas depois de sua fundação, a moderna Arena da Baixada em nada lembra o antigo estádio, mas sua história de pioneirismo no futebol do estado e brasileiro se mantém. Entre seus marcos, a casa do Athletico foi o primeiro campo a ter grama sintética e teto retrátil, um dos melhores do país.
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Um dos muitos motivos de orgulho para todo atleticano, o campo é tido com um carinho especial, pelas glórias que viveu no passado e os feitos do presente que foram comemorados ali.
Pensando nisso, a GOAL te mostra tudo sobre a Arena da Baixada.
História
RecopaCom o nome oficial de Joaquim Américo Guimarães, o estádio foi o primeiro do Estado do Paraná e, desde então, é sinônimo de evolução e pioneirismo quando se fala em palcos do futebol no Brasil. Antes, para começar a entender a história, é preciso saber quem foi o homem que dá nome a Arena.
Joaquim Américo Guimarães foi fundador e presidente do Internacional Foot-Ball Club e organizador das primeiras competições de futebol no estado do Paraná, ainda em 1910. Para dar uma casa ao seu clube, ele alugou, em 1912, uma chácara localizada no bairro Água Verde, onde seria a sede e o campo oficial do Internacional FC.
A concretização do sonho não demorou e logo foi construída uma arquibancada de madeira para abrigar os torcedores que acompanhavam as partidas dos torneios amadores realizados por Américo, antes mesmo da criação do Campeonato Estadual. No ano seguinte, em dezembro de 1913, um grande festival esportivo, com a presença de 1.500 torcedores, inaugurou oficialmente a praça esportiva, então chamada de Baixada do Água Verde.
Já na década de 1930, o clube finalmente conseguiu a posse definitiva do terreno que se mantinha alugado. Um outro terreno, localizado no Juvevê, bairro da capital paranaense, foi dado em troca do lugar onde era instalado o Furacão. Só aí, o estádio ganhou o nome de Joaquim Américo Guimarães, que mantém até hoje, em homenagem ao visionário que impulsionou o futebol no estado e fundou o clube que mais tarde deu vida ao hoje Athletico, campeão do Brasil e da Sul-Americana.
Athletico-PRPensando em voos cada vez maiores, a velha Baixada não durou muito e, em 1997, a direção do clube tomou uma decisão que mudaria definitivamente a história atleticana. O estádio octogenário seria demolido para dar lugar a um nova e moderna arena, que mais uma vez fez jus a sua característica de pioneirismo. O projeto custou cerca de U$ 35 milhões e parte foi custeado com a venda dos atacantes Oséas e Paulo Rink para Palmeiras e Bayer Leverkusen-ALE, respectivamente.
A construção da nova casa rubro-negra durou dois anos, e em 24 de junho de 1999, o Athletico Paranaense inaugurava a novíssima Arena da Baixada como conhecemos hoje, considerada à época a mais moderna arena da América Latina. Neste dia, os torcedores, em sua nova casa agora com capacidade para 32.000 pessoas, puderam comemorar mais uma vitória, desta vez contra o Cerro Porteño-PAR, por 2 a 1.
Após o anúncio do Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014, a Arena da Baixada passou a ser fortíssima candidata a receber jogos da competição, por ser, ao lado do Nilton Santos, recém-construído, o estádio mais moderno do Brasil. A confirmação veio em 2009, dois anos após o anúncio do Brasil como país sede. No entanto, com toda a modernidade, a Arena da Baixada precisaria passar por mais uma reforma.

A reforma para ficar no Padrão Fifa durou pouco mais de dois anos, e foi concluída já no ano do mundial. A inauguração aconteceu diante do Corinthians, em um amistoso no qual os paulistas venceram por 2 a 1, no dia 14 de maio de 2014.
Evento teste feito e a próxima partida recebida já valeria pela Copa do Mundo. O jogo entre Irã e Nigéria terminou empatado em 0 a 0, mas marcou a Arena da Baixada, por sua primeira partida do mundial. Honduras 1 a 2 Equador, Austrália 0 a 3 Espanha e Argélia 1 a 1 Rússia foram os outros jogos da Copa disputados no estádio.
Em mais de um século de história, quem olha para a moderníssima arena pode até não acreditar, mas aquele é o estádio que começou em uma granja na capital paranaense e chegou a um dos mais altos níveis do futebol mundial.
Teto retrátil e grama sintética

Após cinco meses de obras, o CAP concluiu, em março de 2015, a construção do sistema de abertura e fechamento da cobertura do seu estádio. O teto retrátil possui dois módulos, com a largura de 76m e 49,7m de comprimento, cada um pesando 280 toneladas. As “tampas” podem se mover isoladamente ou em conjunto. Elas também podem ser acionadas para fechar parcialmente em 25%, 50%, 75% e 100% de sua área. A velocidade do sistema retrátil é de 2m por minuto. O tempo necessário para abrir ou fechar o teto é de 25 minutos. É o primeiro estádio da América Latina e o primeiro do Hemisfério Sul (construído para o futebol) com tecnologia retrátil em seu teto.
Em fevereiro de 2016, mais uma inovação. O Clube estreou o gramado sintético em seu estádio, com o principal objetivo de propiciar o melhor campo de jogo aos atletas. O piso conta com o certificado Fifa Pro, o mais alto nível de certificação da Fifa. O grande diferencial do gramado instalado no Joaquim Américo é o sistema de enchimento GEOFILL, constituído essencialmente por fibras orgânicas vegetais (coco).
O teto retrátil e a grama sintética, além de propiciar as melhores condições para a prática do futebol, também reforçaram o estádio do Furacão como um espaço multiuso, pronto para receber qualquer tipo de evento.
Qual é a capacidade de torcedores na Arena da Baixada?
GettyAtualmente, a Arena da Baixada tem espaço para 42.370 espectadores.
Qual o maior público da Arena da Baixada?
Divulgação Clube Atlético-PRO recorde do Furacão na Arena é de 40.263 torcedores (39.618 pagantes), na decisão da Copa Sul-Americana de 2018, contra o Junior Barranquilla.


