A triste imagem de Mohamed Salah deixando o campo aos prantos, com o braço machucado, durante a final da Champions League 2017-18, contra o Real Madrid, não somente marcou a carreira do jogador como o impediu de terminar a partida em Kiev junto de seus companheiros.
O momento de glória de Salah durou apenas 30 minutos naquela noite. Seus sonhos de vencer a tão sonhada taça orelhuda foram esmagados por Sergio Ramos, responsável pelo lance que lesionou o jogador de maneira agressiva.
Resultado: perda do título, um ombro quebrado e uma selfie totalmente desnecessária com o cozinheiro Nusret Gokce no corredor do vestiário.
Quem poderia imaginar que, um ano depois, Salah provaria novamente a sua genialidade dentro do plantel de Jurgen Klopp e competiria mais uma final de Champions League?
A chance de redenção do egípcio chegou. Não haverá ninguém mais motivado que ele neste sábado (1), e o Liverpool terá mais uma chance de conquistar sua sexta taça do torneio europeu caso vença o Tottenham no Wanda Metropoliatno, em Madri.
“Eu sei que ele mal pode esperar para jogar de novo. É claro, será uma grande motivação para ele de poder mostrar o que pode fazer em uma final de Champions League e, principalmente, durante o jogo inteiro”, afirmou Jordan Henderson, volante do Liverpool.
A primeira temporada do atacante egípcio com a equipe de Merseyside foi memorável. Marcou 44 gols, muitos deles incomparáveis, e venceu diversos prêmios individuais. Seus feitos o transformaram de um talento promissor a um verdadeiro astro estabelecido. Dando a ele um perfil global.

A sombra dos acontecimentos em Kiev o perseguiram, mas Salah recuperou-se antes do previsto e pôde participar da Copa do Mundo com seus colegas de seleção três semanas depois.
“Naquela época, mentalmente, foi muito, muito ruim”, disse Salah em uma entrevista ao Bleacher Report. “Quando fui substituído, entrei no vestiário chorando porque senti que a Liga dos Campeões havia acabado para mim e a Copa do Mundo também. Foi muito difícil para mim”.
Em 103 jogos feitos pelo Liverpool, o atacante tem 70 gols. Recebeu duas premiações da Premier League de Melhor Jogador do Ano, além de ser escolhido como o Melhor Jogador Africano do Ano por dois anos seguidos. Em novembro de 2018, também foi premiado com o troféu Goal 50. Nesta semana, o seu belo gol contra o Chelsea marcado em abril foi eleito o gol mais bonito do Liverpool na temporada.
Impressionante, mas nada comparado com a glória que ele aguarda para este final de semana em Madri.
Um ano se passou, e Salah está pronto para compensar o desastre de Kiev. Spurs, sintam-se avisados.
