
A Seleção Brasileira caiu em um grupo bastante interessante na Copa do Mundo. Nem com as equipes mais fortes, nem com as equipes mais fracas, o ideal para ir crescendo ao longo da competição.
Favorita na disputa pelo primeiro lugar, a Seleção tem três adversários que devem atuar de forma parecida diante dos brasileiros, e o principal desafio de Tite vai ser quebrar o sistema defensivo dessas equipes.
Abaixo, análisamos a parte tática de cada um dos integrantes do grupo E, a começar pelo Brasil.
BRASIL

De longe a equipe que possuí mais qualidade técnica no grupo, a Seleção Brasileira atua no 4-1-4-1, com a possibilidade de variações para o 4-3-3 e o 4-2-3-1.
Com o quarteto formado por Coutinho, Willian, Neymar e Gabriel Jesus, Tite busca furar as retrancas que pode encontrar nesta primeira fase, principalmente contra a Suíça, na estreia, equipe acostumado a se defender muito bem.
Para isso, ele deslocou Coutinho para atuar como um "inferior esquerdo", entrando pelo meio e ditando o ritmo da equipe. Fica sob sua responsabilidade potencializar a saída de bola. No mesmo setor, Paulinho aparece como coringa, podendo infiltrar no ataque adversário e ser peça decisiva, já que vem de trás e com pouco ou até sem marcação.
A entrega coletiva é outro ponto a se destacar da equipe, méritos do treinador que compactou bem o time e tem seus jogadores bem distribuídos. Outro fator determinante para o bom desempenho do Brasil nos últimos dois anos é o equílibrio defensivo.
Casemiro tem grande responsabilidade, ele é o cão de guarda que dá segurança para os meio-campistas, com ele, o Brasil tem uma zaga experiente formada por Miranda e Thiago Silva e hoje um dos melhores goleiros do mundo, Alisson.
SUÍÇA

Adversária do Brasil na estreia da Copa do Mundo, a Suíça sabe se defender mas o ataque foi fundamental para que conquistasse uma vaga na Copa do Mundo da Rússia. Nas Eliminatórias, por exemplo, o time suiço marcou 23 gols em 10 jogos.
Em campo, a equipe está basicamente postada no 4-2-3-1 variando para o 4-1-4-1. Sommer, Lichtsteiner, Schär, Ricardo Rodríguez, Xhaka, Dzemaili e Shaqiri, são a base de um time que mescla experiencia com a juventude de uma nova geração que vem se destacando nas categorias de base.
O time suíço é capaz de trocar passes consistentes desde o campo de defesa, Shaqiri, o principal nome da equipe é um jogador bastante perigoso e tem na perna esquerda a potência que precisa para arriscar os chutes de longa distância.
Sexto lugar no ranking da FIFA, a Suíça é um time equilibrado, mas ainda peca no ataque onde não encontrou um camisa 9 goleador. Embolo pode ser improvisado pelo treinador Vladimir Petkovic, como um falso 9, para caso Saferovic siga sem conseguir os resultados esperados pelo comandante.
COSTA RICA

A Costa Rica chega na Copa do Mundo já com um grande desafio, superar ou pelo menos igualar a campanha na Copa do Mundo do Brasil, onde chegou nas quartas de final e só foi eliminada pela Holanda, nos pênaltis.
Ao longo dos últimos quatro anos algumas mudanças consideráveis aconteceram como no comando técnico, Jorge Luís Pinto deixou a seleção e Òscar Ramirez é o responsável. Por outro lado, boa parte do grupo que esteve no Brasil está na Copa da Rússia.
Um pouco mais madura, a equipe segue a mesma estrutura de 2014, postada em campo com o 5-4-1. Um dos pontos mais fortes do time é o direito com Bryan Ruiz. O camisa 10 tem muita qualidade, saídas rápidas e passes precisos.
O maior problema, no entanto, vai ser recuperar alguns jogadores que caíram de rendimento depois da Copa de 2014. O atacante Joel Campbell, importante na campanha do Mundial no Brasil, não conseguiu se firmar pelos clubes por onde passou e não sabe nem se começará a Copa do Mundo como titular.
Christian Bolaños, outra peça importante da equipe, ficou quase três meses sem atuar, retornando apenas num amistoso recentemente, de preparação para a Copa.
A principal estratégia da Costa Rica será se fechar na defesa e apostar nos contra-ataques rápidos, mas para ter sucesso vai precisar que a equipe esteja em bom momento fisicamente. No gol, leva a confiança de Keylor Navas, goleiro titular do Real Madrid e tricampeão da Champions League.
SÉRVIA

Este é apenas o segundo mundial que a Sérvia disputa como nação independente. Ausente no Brasil em 2014, a equipe espera ao menos passar de fase, o que não vai ser tarefa fácil.
Depois de trocar de treinador recentemente, a Sérvia saiu do 3-4-2-1 para o 4-1-4-1 mas deve apostar no 4-2-3-1 nesta Copa do Mundo. É um time muito forte fisicamente mas possue jogadores com qualidade técnica como Kolarov, Matic, Tadic, Ivanovic entre outros.
A equipe atua com dois pontas que saem dos lados e buscam a infiltração no meio-campo, o que pode prejudicar na recomposição defensiva na hora que estiver sem a bola. O ponto que mais preocupa é a média de idade da linha defensiva, que gira em torno dos 34 anos.
Neste esquema, os laterais vão ter papel fundamental na Sérvia, vão ser sempre apostas na hora de apoiar. O elenco conta com uma mescla interessante de uma grande geração que está se despedindo da equipe com a chegada de jovens valores que tiveram sucesso em torneios de base recentemente.
Milinkovic-Savic é um jogador para se ficar de olho, com qualidade técnica e grande explosão, ele é um dos jovens promissores do país e pode até se tornar o segundo jogador mais caro da história do futebol.
