A Serie A está vivendo um grande momento, com seis times classificados paras as quartas de final das competições continentais - três na Champions League, dois na Europa League e um na Conference League. O futebol italiano, no entanto, ainda vive uma fase de muitos problemas.
Na seleção, por exemplo, Roberto Mancini tem quebrado a cabeça nas convocações, agora para as Eliminatórias para a Euro 2024. "Temos três times nas quartas de final da Liga dos Campeões, mas dos três times, existem no máximo sete ou oito italianos", disse aos repórteres.
O treinador, aliás, é categórico quando fala que as equipes precisam dar mais espaço para que os jovens achem seus caminhos, e ele usou justamente Gnonto como exemplo para isso.
"Por que ninguém [na Série A] o contratou na janela do ano passado", perguntou durante uma coletiva de imprensa na segunda-feira (20). "Ele poderia ter jogado na Sampdoria ou na Fiorentina. Em vez disso, é titular na Premier League".
"Gnonto é um daqueles garotos em quem você tem que ter fé, porque se você depositar sua confiança nele, vai retribuir. Mas entendo que para os treinadores não é fácil, porque eles são os primeiros a pagar [por maus resultados]".
De fato, como disse à GOAL o olheiro da Udinese e ex-atacante italiano Andrea Carnevale: "O problema é que os maiores clubes da Itália estão todos sob pressão para vencer, a cada temporada, e se não vencerem, os treinadores são demitidos".
"Portanto, eles querem jogadores experientes e comprovados, muitos dos quais vêm do exterior". Então, não há espaço para os jovens italianos", continuou. "E é um problema difícil de resolver, porque esta necessidade que os clubes têm de vencer o tempo todo não vai mudar tão cedo".