Dentre sua chegada ao Flamengo, em 2017, até a estreia como profissional, em 2022, Victor Hugo ascendeu como um foguete. Empilhou gols, assistências e títulos na base e chamou a atenção do técnico português Paulo Sousa, que então comandava o Rubro-Negro: “Tem boa capacidade de interpretação de espaços, joga bem de costas e fisicamente é um bom jogador, é explosivo. Tem uma leitura de jogo muito boa. É um jogador que dentro da área tem muita presença. Tem gol”, disse o português, que lançou Victor Hugo no desafio de gente grande.
Em seu primeiro jogo oficial, um duelo de Copa do Brasil contra o Altos, a cria rubro-negra já mostrou sua habilidade com a assistência dada para João Gomes sacramentar a vitória por 2 a 1. Mas o primeiro momento inesquecível aconteceu no jogo de volta contra o mesmo Altos: Victor marcou, de cabeça, o seu primeiro gol como profissional, não escondeu a emoção, e ajudou o clube a seguir adiante na competição que acabaria conquistando. A coincidência ali era pelo roteiro de cinema, com o gol marcado no mesmo dia em que fazia 18 anos, mas dentro do clube Victor já era visto como uma realidade. Tanto, que o garoto já estava de contrato assinado até 2027 com uma multa rescisória no valor recorde de 100 milhões de euros.
A saída de Paulo Sousa e chegada de Dorival Júnior representaram um momento de inflexão tanto para o Flamengo quanto para Victor Hugo. Sob o comando do novo treinador, e diante da necessidade de o time encontrar uma opção após a saída de Andreas Pereira para a Inglaterra, a joia rubro-negra passou a atuar mais recuada como meio-campista – especialmente nos jogos do time no Brasileirão. Ganhou mais tempo de jogo e encantou treinador e torcedores em uma temporada que ainda terminou com título de Libertadores.