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Tríplice Coroa em jogo para o Real Madrid: calendário insano de fevereiro será decisivo

O Real Madrid não terminou da melhor forma o mês de janeiro. O sorteio do dia 31 em Nyon resultou em um confronto com o Manchester City de Guardiola na Champions League, desgastante tanto física quanto mentalmente, e agora a equipe de Ancelotti começou da pior maneira um fevereiro que será decisivo para o restante da temporada.

A derrota por 1 a 0 no sábado para o Espanyol representava o primeiro dos sete obstáculos (podendo ser oito) que os madrilenos terão até o dia 23, onde disputam tudo ou nada em três competições distintas: Campeonato Espanhol, Copa do Rei e Champions.

O caminho para uma inédita Tríplice Coroa começou na Catalunha com um revés para o Espanyol. Com o Atlético de Madrid e o Barcelona em grande forma, não era nada conveniente que o clube merengue começasse tropeçando.

Somar três pontos no Cornellà-El Prat era o primeiro passo que o Real Madrid queria dar para continuar aspirando a ganhar tudo, apesar de um calendário exigente e carregado que ameaça penalizar o campeão da Europa durante o segundo mês de 2025.

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    Um janeiro cansativo

    Fevereiro será exaustivo para um Real Madrid que já teve um janeiro mais do que intenso, no qual jogou nove partidas (uma derrota e oito vitórias, com 32 gols a favor, 10 contra e quatro jogos sem ser vazado). Despediu-se de 2024 com uma vitória contundente contra o Sevilla (4 a 2) e descansou uma semana até retornar à ativa.

    O primeiro jogo de 2025 foi o jogo adiado em Mestalla contra o Valencia pelos terríveis efeitos desencadeados pela tempestade DANA. O Madrid viajou até lá em 3 de janeiro e conseguiu uma vitória complicadíssima apesar da expulsão de Vinícius Júnior.

    Três dias depois, o clube teve que viajar para enfrentar a Deportiva Minera nas oitavas de final da Copa do Rei. Ali, goleou com um grande jogo de Arda Güler, e foi o outro 'esquecido' de Ancelotti que deu a vaga para as quartas: Endrick brilhou para eliminar o Celta de Vigo na prorrogação das oitavas.

    Outro torneio que o Real Madrid precisou jogar em janeiro foi a Supercopa da Espanha, disputada novamente na Arábia Saudita. Viagem incluída, o clube merengue teve sua primeira partida contra o Mallorca no dia 9 pelas semifinais, e em 12 de janeiro enfrentou o Barcelona na decisão, onde os culés venceram categoricamente por 5 a 2.

    O primeiro jogo por LaLiga que correspondia mesmo ao ano de 2025 aconteceu no dia 19 de janeiro, com o Las Palmas pagando pelos erros após a goleada no El Clásico. Posteriormente, no dia 22, a equipe voltou à fase de liga da Champions: o RB Salzburg foi até o Santiago Bernabéu e levou uma goleada. Depois vieram as vitórias frente ao Valladolid pela liga (25 de janeiro, em Pucela) e sobre o Brest pela Champions League (29 de janeiro, na França).

    A diferença entre janeiro e fevereiro é que agora o mata-mata da Copa do Rei continua e começam as fases eliminatórias da Champions. Em outras palavras, o período em que não é permitido errar.

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    'Recuperação, vídeo, jogo'

    Com tantos jogos seguidos e cansaço acumulado, Ancelotti já avisou que é impossível "preparar" os jogos. Na última sexta-feira, quando perguntaram ao italiano se mudava muito a preparação considerando as chances de pegar Manchester City ou Celtic nos playoffs da Champions antes do sorteio acontecer, o técnico respondeu: "É que não há preparação (risos). Quando se joga a cada três dias, há preparação para os quatro, cinco ou seis que não jogaram. Aí temos que trabalhar e o fazemos. Mas para o resto... não há preparação, mas sim recuperação. Isso é ‘recuperação, vídeo, jogo’; ‘recuperação, vídeo, jogo’. E assim, durante 40 dias para a maioria dos jogadores".




  • Endrick Arda Guler Carlo Ancelotti Real MadridGetty

    Precisando de todos

    Nesse sentido, Ancelotti sabe que precisará de todos os seus jogadores, incluindo aqueles que não utilizou tanto até agora. "Nosso trabalho é ter prontos, preparados e motivados aqueles que jogam um pouco menos, porque vão ser ‘indispensáveis’ nesta fase da temporada. Portanto, entendamos a rotação de alguns jogadores, porque será para manter o elenco o mais motivado possível. Porque precisarei de todos," disse na sala de imprensa antes de saber que o City seria o primeiro adversário no mata-mata da Champions.

    Teremos que ver, então, se Ancelotti é capaz de dar mais protagonismo a jogadores menos habituais como Arda Güler ou Endrick, dois dos que mais pedem minutos pelo que mostraram em campo sempre que têm a oportunidade de jogar. Se não fizer isso, não haverá desculpa de cansaço para o técnico italiano.

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    Pagando pelos tropeços na Champions

    O Real Madrid pagará em fevereiro as três derrotas sofridas na Champions durante a fase de liga. Sobretudo as contra o Milan no Bernabéu e contra o Lille na França, porque a do Liverpool em Anfield pode ser perfeitamente compreendida.

    Ficar fora dos oito primeiros do torneio faz com que agora os Merengues tenham dois jogos a mais no já apertado calendário. E longe de ser um presente, o adversário a enfrentar será nada menos que o Manchester City de Pep Guardiola. Um dos dois últimos campeões da Europa dirá adeus muito mais cedo do que o esperado e não chegará nem sequer às oitavas da edição atual. O desgaste será físico e emocional, e tirará tempo para preparar possíveis embates da Copa do Rei e jogos decisivos por LaLiga.

    "Obviamente gostaríamos de um mundo perfeito, mas o mundo perfeito não existe. Falhamos em um jogo e isso nos impediu de terminar no Top-8. Mas não tem problema. Jogar dois jogos a mais ou dois jogos a menos... não tem problema. Serão difíceis, divertidos, mas temos os recursos para superá-los", disse Ancelotti antes do sorteio em Nyon.

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    Sete jogos em 23 dias

    Depois de perder para o Espanyol, o Real Madrid terá mais seis partidas (podem ser mais sete, se passar para as semifinais da copa nacional) nos primeiros 23 dias de fevereiro. O time fará as quartas da Copa do Rei na casa do Leganés (05/02), jogará o clássico contra o Atleti (08/02, LaLiga), visitará o Manchester City (11/02, Champions), visitará o Osasuna (15/02, LaLiga), receberá City (19/02, Champions) e Girona (23/02, LaLiga). Nos dias 25 ou 26 de fevereiro, poderá jogar a ida das semifinais da Copa do Rei (oitava partida do mês), se eliminar o Leganés.

    "O fato de haver tantos jogos, precisamente, faz com que cada um possa ser uma armadilha. E o que não queremos é voltar atrás, retroceder. Estamos marcando gols e a equipe parece mais sólida... mas cada partida pode ser uma armadilha. Isso é o que devemos ter em mente. E não podemos nos permitir voltar atrás. Sempre temos que avançar", avisava Ancelotti em 31 de janeiro.

    Questionado sobre se uma parte da temporada depende do playoff da Champions (a pergunta foi feita antes de conhecer o adversário), o italiano apontava: "A temporada pode depender de cada partida. Se você perder em LaLiga ou for eliminado na Copa do Rei, isso afeta a temporada. Obviamente. Mas não devemos pensar nisso, e sim em jogar as partidas que temos que jogar. E são muitas. Repito, muitas. Desde hoje, até a data Fifa de março (dia 16), temos 13 partidas. É uma enormidade e devemos pensar que cada uma pode ser vital. Porque em cada uma, jogaremos muito da temporada".

  • FC Barcelona v Atletico de Madrid - La Liga EA SportsGetty Images Sport

    O que jogam Atleti e Barça

    Se o Real Madrid poderia jogar oito partidas em fevereiro, o Barcelona e o Atlético de Madrid por agora têm asseguradas apenas cinco (podem ser seis se avançarem para as semifinais da Copa). Culés e Colchoneros fizeram o dever de casa na Champions, evitaram o playoff ao ficarem entre os oito primeiros classificados (o Barça foi segundo e o Atleti, quinto) e descansam esperando o adversário para as oitavas de final.

    Dessa situação poderiam tirar vantagem em LaLiga, e mais diretamente o time de Simeone por ter que visitar o Santiago Bernabéu no clássico que se joga três dias antes de o Real Madrid visitar o Manchester City pela ida das oitavas de final. Se os Rojiblancos vencerem, sairão líderes.

    Para piorar, a vantagem que os Merengues têm sobre seus perseguidores mais próximos (um ponto sobre o Atlético e quatro para o Barcelona) não sugere que eles possam recorrer a rotações em alguma partida de LaLiga. Por isso, a ver como Ancelotti resolverá o dilema que o calendário lhe apresenta neste ameaçador mês de fevereiro.

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