Todas as campanhas do Botafogo na história da Libertadores

Ainda contando com o timaço de Garrincha, Didi e Nilton Santos, o Botafogo entrou na Libertadores na condição de vice-campeão brasileiro (já que o Santos, além do título nacional, também havia levantado a Libertadores no ano anterior).

Os alvinegros lideraram o Grupo 1, que também contava com Alianza Lima (Peru) e Millonarios (Colômbia) e avançaram para as semifinais. Lá, reencontro com o Santos de Pelé: o 1 a 1 na ida, em São Paulo, deu esperança, mas no jogo de volta Pelé teve uma das grandes atuações de sua carreira e o peixe venceu por 4 a 0 – seguindo rumo ao seu bicampeonato.

Dez anos após sua primeira participação, o Botafogo voltou a disputar a Libertadores. O início foi promissor, com direito a revanche sobre o Palmeiras, contra quem havia perdido o título brasileiro de 1972.

Naquela edição, o Botafogo superou Peñarol, Nacional e Palmeiras na fase de grupos e chegou como um dos favoritos na fase semifinal. Entretanto, foi mal no hexagonal que definia vaga na grande decisão.

Em 1996 o Botafogo chegou na Libertadores como campeão brasileiro do ano anterior, mas com um time inferior ao de 1995. A equipe alvinegra passou na terceira posição da fase de grupos (atrás de Corinthians e Universidad de Chile), mas caiu logo no primeiro mata-mata, eliminado pelo Grêmio.

Já sem contar com o astro Clarence Seedorf, que havia anunciado aposentadoria no início daquele 2014, o Botafogo começou a Libertadores de 2014 encantando sua torcida apesar da queda de nível do elenco em relação ao ano anterior.

Depois de eliminar o Deportivo Quito com goleada por 4 a 0 na fase pré, os alvinegros venceram o San Lorenzo (que seria campeão daquele ano) por 2 a 0. Mas uma derrota para o frágil Unión Española em casa, seguido do revés frente ao San Lorenzo na Argentina fizeram de 2014 a pior campanha do Botafogo na Libertadores.

Uma das surpresas do Brasileirão 2016, um Botafogo sem grandes nomes mas repleto de vontade e garra fez uma boa campanha na Libertadores de 2017.

O Glorioso avançou pela fase pré batendo outros gigantes, como Colo-Colo e o Olímpia, este último com a definição do classificado à fase de grupos sendo definida nos pênaltis em noite mágica de Gatito Fernández.

Na fase de grupos, o Botafogo ficou na primeira posição – à frente de Barcelona de Guayaquil, Estudiantes e Atlético Nacional. Classificado para o mata-mata final, os alvinegros passaram pelo Nacional de Montevidéu mas seriam eliminados nas quartas, em duelo duríssimo contra o futuro-campeão Grêmio.

O título inédito do torneio chegou da melhor forma possível. Após um triste fim do Campeonato Brasileiro de 2023, em que a equipe liderou a tabela por boa parte da competição e acabou sem o troféu, a vaga continental estava garantida.

Sendo assim, o time do técnico português Artur Jorge utilizou a motivação da melhor forma para percorrer cada adversidade da pré-Libertadores até a grande final. O Botafogo passou por Palmeiras, São Paulo, Peñarol - três dos maiores campeões do torneio - nas fases anteriores à decisão.

Na final, contra o Atlético-MG, viu o volante Gregore ser expulso com menos de 1 minuto de jogo. No entanto, a equipe se superou e terminou sua campanha de 2024 com o troféu mais cobiçado da América ao vencer o duelo por 3 a 1, com gols de Luiz Henrique, Alex Telles e Júnior Santos. A taça foi erguida pelo capitão Marlon Freitas.