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Luca Toni, Didier Drogba, Emiliano Martinez headerGetty/GOAL

Talentos Escondidos FC: Didier Drogba, Virgil van Dijk e oito jogadores que explodiram depois de mais velhos

É a semana do Talentos Escondidos FC. Na última segunda-feira (15), já apresentamos 25 jogadores que vêm impressionando nesta temporada 2025/26 e que podem em breve protagonizar uma grande transferência. Hoje, destacamos dez “late bloomers” comprovados: futebolistas com histórias marcantes que, por diferentes razões, não despontaram ainda jovens, mas construíram carreiras brilhantes mais adiante.

Lionel Messi, Cristiano Ronaldo e Neymar têm algo em comum: desde cedo ficou claro que possuíam um talento excepcional. No entanto, também existem inúmeros jogadores que desabrocham mais tarde, mostrando que o desenvolvimento no futebol raramente é linear e que a paciência pode render frutos espetaculares.

Um dos melhores exemplos é, sem dúvida, Jamie Vardy. O atacante inglês foi peça-chave na histórica conquista da Premier League pelo Leicester City na temporada 2015/16, quando já tinha 29 anos. A seguir, confira a história dele e de outros nove jogadores que alcançaram o auge mais tarde.

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  • Didier DrogbaGetty/GOAL

    1. Didier Drogba

    Aos 21 anos, Didier Drogba ainda atuava por pequenos clubes da França e só estreou na elite do Campeonato Francês aos 24, pelo Guingamp. Até então, nada em sua trajetória indicava que ele se tornaria uma estrela mundial. Ele estudava, trabalhava e, por muito tempo, dependia principalmente do apoio da família para seguir perseguindo aquele grande sonho.

    A grande virada de chave acontece no Olympique de Marseille, onde, aos 25 anos, Drogba passa a figurar repentinamente entre os melhores atacantes do futebol francês. Seu porte físico imponente aliado à boa técnica chama imediatamente a atenção de José Mourinho, então treinador do Chelsea. “Eu não contratei o Drogba pelo que ele era naquele momento, mas pelo que ele poderia se tornar”, afirmou o português anos depois.

    No Chelsea, Drogba vira lenda do clube e um dos atacantes mais marcantes de sua geração. O ponto alto da carreira? Sem dúvida, a conquista da Champions League em 2012. O marfinense marcou de cabeça o gol de empate nos minutos finais da prorrogação contra o Bayern de Munique, levando a decisão para os pênaltis. Na disputa, ainda converteu a penalidade decisiva, garantindo o primeiro título de Champions League da história do clube londrino.

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  • Virgil van DijkGetty/GOAL

    2. Virgil van Dijk

    Virgil van Dijk foi considerado “leve demais” por muitos clubes holandeses em sua juventude, mas o FC Groningen enxergou nele uma joia rara e o contratou gratuitamente após passagem pelo Willem II. Quando finalmente se afirma no Groningen, já depois dos 20 anos, o zagueiro despertou o interesse de Ajax e Celtic. Com a hesitação do clube de Amsterdã, a escolha acabou sendo o gigante escocês.

    No Celtic, Van Dijk se tornou ídolo da torcida, embora que ainda existissem dúvidas sobre sua capacidade de competir em um nível mais alto. O Southampton lhe deu essa oportunidade e, sob o comando de Ronald Koeman, ele evoluiu de forma impressionante na Premier League. O atual técnico da seleção holandesa ficou profundamente impactado à época: “Ele aprende incrivelmente rápido. Essa é a sua superforça”.

    Quando o Liverpool o contrata por 75 milhões de libras, parte da imprensa inglesa considera o valor exagerado. Porém, em menos de um ano, Van Dijk se consolidou como o melhor zagueiro do mundo. Ele venceu a Champions League, duas vezes a Premier League e, hoje, já soma quase 350 partidas oficiais pelos Reds. Um grande objetivo ainda falta: ganhar um torneio importante com a seleção da Holanda. Ele terá essa chance em 2026, na América do Norte.

  • Olivier GiroudGetty/GOAL

    3. Olivier Giroud

    Por anos, Olivier Giroud foi rotulado como “lento demais” e “limitado” para chegar ao topo do futebol europeu. Até os 24 anos, atuava nas divisões inferiores da França e, pouco depois, assinou com o Montpellier, clube que muitos consideravam seu teto. Ninguém imaginava que, dois anos depois, ele se tornaria campeão francês.

    Sua evolução chamou a atenção do Arsenal, onde Arsène Wenger o descrevia como “um atacante que melhora a cada ano”. E isso se confirmou. Com os anos, seus movimentos ficam mais inteligentes, ele se fortalece nos duelos e passa a demonstrar mais frieza diante do gol — lembrando que está em atividade até hoje.

    Talvez o mais notável seja sua trajetória pela seleção francesa. Giroud só recebeu sua primeira convocação aos 25 anos, e poucos previam que ele se tornaria o maior artilheiro da história de Les Bleus. Em 2018, conquista a Copa do Mundo, e mesmo sem marcar gols naquele torneio, provou ser fundamental para a equipe de Didier Deschamps.

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  • Miroslav KloseGetty/GOAL

    4. Miroslav Klose

    Miroslav Klose tinha 20 anos quando ainda trabalhava como auxiliar administrativo e carpinteiro, ao mesmo tempo em que jogava por um clube amador na Alemanha. Jamais foi visto como um grande talento. Apenas quando é contratado pelo FC Homburg, aos 21, e depois pelo Kaiserslautern, sua carreira começa a acelerar de vez.

    A grande virada acontece por volta dos 24 anos, quando passa a se destacar e marcar muitos gols na Bundesliga, especialmente de cabeça. Sua mãe, ex-jogadora profissional de handebol, treinou desde cedo sua impulsão. “Minha mãe me ensinou a saltar. Sem ela, eu nunca teria alcançado o recorde da Copa do Mundo”, afirmou Klose. Ele se torna o maior artilheiro da história das Copas do Mundo, com 16 gols, sendo sete deles cabeceando.

    Klose saiu do futebol amador para se transformar em atacante de nível mundial. Virou ídolo no Werder Bremen, no Bayern de Munique e na Lazio. Ainda assim, sempre manteve uma postura extremamente humilde. Graças ao profissionalismo exemplar, conseguiu atuar em alto nível até os 38 anos.

  • N'Golo KantéGetty/GOAL

    5. N'Golo Kanté

    N’Golo Kanté é o exemplo perfeito de que é possível alcançar o sucesso mesmo mais tarde. Até os 22 anos, ele atuava na segunda e na terceira divisões do futebol francês, defendendo Boulogne e Caen. Muitos olheiros o ignoravam, considerando-o pequeno demais e pouco chamativo. Esses rótulos o acompanharam por anos, mas Kanté nunca se abalou e trabalhou incansavelmente sua condição física e inteligência de jogo.

    A virada ocorre após sua transferência para o Leicester City, em 2015, inicialmente sem grande repercussão. Claudio Ranieri, seu treinador na época, percebeu rapidamente seu valor: “Quando eu o vejo correr, parece que ele joga por dois”. A temporada seguinte entra para a história: Kanté se torna o motor do time campeão inglês, considerado por muitos o título mais improvável já conquistado em uma grande liga europeia.

    Depois, ele se transfere para o Chelsea e, novamente, vence a Premier League logo de cara. Seu desenvolvimento tardio o torna ainda mais determinado: ele não reclama, não faz declarações arrogantes e segue sendo a força silenciosa que, com disciplina, trabalho duro e humildade, chegou ao topo do futebol mundial.

  • Emiliano-MartinezGetty/GOAL

    6. Emiliano Martínez

    Emiliano Martínez é o exemplo máximo de paciência. Ainda jovem, passou anos no banco de reservas do Arsenal e foi emprestado repetidas vezes a clubes da Segunda Divisão Inglesa. Apenas depois dos 30 anos ele realmente se estabelece na Premier League. Em determinado momento, chegou a cogitar encerrar a carreira e abandonar o futebol de alto nível, mas seguiu acreditando que sua chance ainda viria.

    A oportunidade surge em 2020, no Arsenal, após a saída de Bernd Leno. "Dibu" aproveita a chance com autoridade. Depois de se transferir para o Aston Villa, cresce rapidamente e se consolida como um dos melhores goleiros do campeonato, destacando-se por seus reflexos e personalidade forte. Ele também ganha fama pelo jogo psicológico contra os adversários, construindo rapidamente a reputação de provocador.

    O auge de sua carreira vem com a seleção argentina, quando brilha na Copa América e na Copa do Mundo de 2022. Emi Martínez se torna campeão mundial e leva a Luva de Ouro como melhor goleiro do torneio no Catar. Uma verdadeira história de conto de fadas, impensável quando o herói daquela Copa tinha apenas 25 anos.

  • Riyad MahrezGetty/GOAL

    7. Riyad Mahrez

    Riyad Mahrez iniciou sua carreira nas divisões inferiores do futebol francês, passando por Quimper e Le Havre, onde estava longe de ser visto como um grande talento. Muitos treinadores o consideravam frágil fisicamente, displicente e até fominha demais. Ainda assim, seguiu trabalhando sua técnica. Aos 23 anos, enfim se transfere para o Leicester City, que à época disputava a Segunda Divisão Inglesa.

    A grande virada acontece um ano depois, já na Premier League. Aos 24 anos, ele forma ao lado de Kanté e Jamie Vardy a base do conto de fadas do Leicester. Seus dribles e jogadas imprevisíveis o tornam rapidamente um dos queridinhos da torcida dos Foxes. “Mahrez joga como se estivesse no futebol de rua, e digo isso como um elogio”, brincou o técnico Claudio Ranieri. A frase resume bem a criatividade que o tornava tão especial naquele período.

    Somente mais tarde vem o salto definitivo ao topo. O Manchester City paga mais de 60 milhões de libras por Mahrez quando ele já tem 27 anos. No clube, ele cresce gradualmente até se tornar peça importante no sistema vitorioso de Pep Guardiola. Decide Campeonatos Ingleses com gols importantes e também se destaca com frequência na Champions League. Atualmente, está menos em evidência no cenário europeu após optar por uma transferência milionária para a Arábia Saudita na janela do meio do ano de 2023.

  • Franck RiberyGetty/GOAL

    8. Franck Ribéry

    Franck Ribéry começa sua trajetória no futebol nas divisões inferiores da França e chega a trabalhar como operário da construção civil nesse período. Aos dois anos de idade, sofre um grave acidente de carro que deixa grandes cicatrizes em seu rosto, o que lhe rende o apelido nada lisonjeiro de “Scarface”. Onde muitos veriam um obstáculo, Ribéry encontrou uma fonte de força.

    Sua carreira decola de vez no Olympique de Marseille. Por volta dos 22 anos, ele se torna a grande sensação da Ligue 1 graças à velocidade e à habilidade no drible. Em 2007, conquista uma transferência de peso para o Bayern de Munique, onde passa a ser reconhecido como um dos melhores pontas do mundo.

    Ao lado de Arjen Robben, forma a famosa dupla “Robbery”, que aterroriza as defesas adversárias por quase uma década. Juntos, ajudam o Bayern a conquistar inúmeros títulos, incluindo a Champions League de 2013. Nesse mesmo ano, Ribéry termina em terceiro lugar na Bola de Ouro, atrás apenas de Cristiano Ronaldo e Lionel Messi. Assim como outros nomes desta lista, ele prova que perseverança e personalidade podem levar muito longe. O francês seguiu atuando até os 39 anos, quando uma lesão no joelho o obrigou a encerrar uma carreira tão marcante quanto intensa.

  • Luca ToniGetty/GOAL

    9. Luca Toni

    Luca Toni ainda disputava a Terceira Divisão Italiana aos 23 anos. Ganhava pouco e basicamente lutava para manter viva a carreira no futebol. Naquele período, era visto como um atacante alto, desengonçado e com recursos técnicos limitados. O que nunca lhe faltou, porém, foi motivação: Toni tinha uma vontade enorme de evoluir e aumentava sua média de gols a cada temporada.

    A grande virada de chave acontece no Palermo, quando marca 30 gols na Segundona e é peça fundamental no acesso à elite do futebol italiano. No próprio Palermo e, mais tarde, na Fiorentina, ele se consolida como um dos atacantes mais letais da Itália.

    O auge vem em 2006, quando se sagra campeão do mundo com a seleção italiana. Pouco depois, o Bayern de Munique o contrata, tornando-o o jogador italiano mais caro da história até então. Aos 30 anos, Toni foi artilheiro da Bundesliga, tornando-se o exemplo perfeito de um “late bloomer” que atinge sua melhor versão depois de conquistar a confiança de seus treinadores.

  • Jamie VardyGetty/GOAL

    10. Jamie Vardy

    Como o assunto é explodir tarde para o futebol, Jamie Vardy não pode ficar fora desta lista. A trajetória do atacante é longa e pouco convencional. Diferentemente de muitos craques que estouram ainda jovens, Vardy passa boa parte dos primeiros anos de profissional nas divisões mais inferiores da Inglaterra. Para pagar as contas, trabalhava em uma fábrica enquanto marcava gols quase toda semana. Longe de uma rotina profissional, era figura frequente em baladas, pubs e cassinos.

    Quando finalmente percebeu a facilidade com que balançava as redes, Vardy decidiu mudar de vida. Após uma passagem pelo Halifax, assinou com o Fleetwood Town, da Quinta Divisão Inglesa. Lá, marcou gols com regularidade logo na primeira temporada, e seu desempenho abriu as portas para que, aos 25 anos, ele passasse a viver exclusivamente do futebol: ganhou uma oportunidade no Leicester City.

    O restante da história o mundo todo conhece. Alguns anos depois, na temporada 2015/16, Vardy foi protagonista de um dos contos de fadas mais impressionantes da história do futebol: o improvável título do Leicester na Premier League. Enquanto Mahrez e Kanté saem por valores milionários, Vardy permanece fiel ao clube, reforçando ainda mais seu status de ídolo da torcida.

    Ao todo, Vardy disputou exatamente 500 partidas oficiais com a camisa dos Foxes antes de iniciar, aos 38 anos, sua primeira aventura no exterior, defendendo a Cremonese, da Itália, um sinal claro de que seu amor pelo futebol segue intacto. Se existe uma prova viva de que nunca é tarde para correr atrás dos próprios sonhos, ela atende pelo nome de Jamie Vardy.

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