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CWC XI: FinalsGetty/GOAL

Surra do PSG no Real Madrid, polêmica João Pedro e mais: os destaques da reta final do Mundial de Clubes

Essa semifinal foi um verdadeiro choque de realidade. Qualquer um que entende um pouco de futebol já podia prever que o Real Madrid teria uma tarde complicada nas semifinais do Mundial de Clubes. O PSG é muito superior, e os merengues vivem um caos tático por conta própria. Mas uma surra desse tamanho? Surpreendente.

Talvez, no fundo, fosse justamente o jogo que o torneio precisava: um confronto tão desequilibrado que até os torcedores casuais pudessem notar que apenas um time estava competindo de verdade. Se o Mundial entregar esse tipo de drama com frequência, existe algo promissor vindo aí.

Pena que o outro lado da chave tenha sido bem mais morno. O Chelsea fez o que o Chelsea costuma fazer contra o Fluminense: não jogou bem, mas foi suficiente diante de um adversário respeitável. A maioria torcia pelos brasileiros, e havia, de certa forma, principalmente por parte dos ingleses, uma sensação de inevitabilidade cruel naquele duelo também.

Ainda assim, parecia claro que quem passasse enfrentaria um passeio contra os parisienses na final. E talvez esse seja o ponto central de tudo. O Mundial tem como missão coroar o melhor clube do mundo, e o melhor clube do mundo vai lá e vence. Nada diferente disso parece possível, certo?

A GOAL apresenta os principais destaques antes da final do Mundial de Clubes 2025.

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  • Real Madrid fans 2025Getty Images

    1Hala Madrid?

    Bastava olhar para as arquibancadas do imenso MetLife Stadium, o palco das semifinais e da final do Mundial, para enxergar um mar branco. O confronto entre PSG e Real foi disputado no que se parecia com um "Bernabéu dos EUA", com os torcedores merengues em larga maioria: estima-se 90% do público a favor do clube espanhol.

    Nada muito fora do esperado. O Real costuma levar torcida para onde vai, e mesmo quando não leva, seu alcance global é gigante. A pena, do ponto de vista madridista, é que quem foi ao estádio assistiu a um massacre.

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  • Paris Saint-Germain v Real Madrid CF: Semi Final - FIFA Club World Cup 2025Getty Images Sport

    2O absurdo PSG

    O PSG atropelou o Real. Alguém esperava outra coisa? Os parisienses estão em outro patamar. Por seus próprios padrões, este é um time fraco do Real, em transição, tentando se encontrar sob o comando de um novo técnico. Ainda assim, não é nada comum ver o maior campeão da história da Champions League ser eliminado de uma semifinal com tamanha facilidade. O que torna a derrota um pouco engraçada, mas também reforça o quão inevitável é a vitória do melhor time do planeta hoje.

  • FBL-WC-CLUB-2025-MATCH62-PSG-REAL MADRIDAFP

    3O dilema tático de Xabi Alonso

    Após a partida, Xabi Alonso fez questão de dizer que o Real é um projeto em construção. Admitiu que pode levar um ou dois anos para encontrar a melhor versão da equipe. Boa sorte. Alonso é um treinador inteligente, mas enfrenta o mesmo dilema que nem o grande Carlo Ancelotti conseguiu resolver: como encaixar Mbappé, Vinicius Jr. e Jude Bellingham no mesmo time e ainda fazer todo mundo marcar? A resposta simples talvez seja: “não dá”. Mas também não dá para deixar nenhum deles no banco. O desequilíbrio do time é gritante.

  • Paris Saint-Germain v Real Madrid CF: Semi Final - FIFA Club World Cup 2025Getty Images Sport

    4Despedida nada digna

    Vale também uma menção a Luka Modric, uma vítima injusta de tudo isso. O craque croata chorou há menos de um mês, ao disputar o que parecia ser seu último jogo pelo Real. Saiu do gramado do Bernabéu com a faixa na mão, os olhos marejados, e a torcida de pé aplaudindo.

    Aquela deveria ser a imagem final de sua trajetória no clube. Mas, em vez disso, o que fica é a cena de um veterano confuso, suando em um forno no meio de Nova Jersey, sem entender como participou de uma goleada por 4 a 0. Ele precisa chegar logo em Milão.

  • joao-pedro(C)Getty Images

    5João Pedro joga muita bola...

    Graças a Deus o Chelsea resolveu investir de verdade em um atacante. Essa era uma das maiores carências do elenco. De fato, o time estava deserto ali na frente — sem jogadores versáteis, que pudessem ocupar diferentes funções no ataque. O clube tem se esforçado há tempos para resolver isso.

    O resultado foi uma série de contratações equivocadas ou encaixes imperfeitos. Mas, dessa vez, talvez tenham acertado. João Pedro balançou as redes duas vezes em sua estreia como titular, com dois gols belíssimos.

  • Joao Pedro ChelseaGetty Images

    6... mas sua contratação deveria ter sido permitida?

    Tudo isso é ótimo para o Chelsea. O clube realmente precisava gastar. Afinal, eles quase não fazem isso, né? Mas, por mais emocionante que seja a história, há algo um tanto errado nesse cenário. Por que um time deveria ter permissão para gastar uma fortuna para contratar um jogador no meio de um torneio importante? Por que esse tipo de brecha e poder financeiro é tolerado? Resumindo: não deveria ser.

  • Luis Suarez Inter Miami PalmeirasGetty Images

    7Despedida de lendas

    De forma mais ampla, este torneio foi uma espécie de despedida para algumas lendas do futebol. Thiago Silva pode ter feito seu último grande torneio com o Fluminense e merece menção como um dos melhores da competição ao chegar na semifinal, pela solidez na zaga. Modric, como já falamos, também está de saída.

    Mas a lista vai além: Thomas Muller fez o que deve ter sido sua última partida pelo Bayern de Munique, na eliminação para o PSG nas quartas. Luis Suárez e Antoine Griezmann já está na reta final da carreira — mesmo com a renovação de contrato do francês. O mesmo vale para Edinson Cavani, Ángel Di María e para a história mais bonita do século, Francesco Acerbi. Obrigado pelas lembranças, rapazes.

  • FBL-WC-CLUB-2025-MATCH62-PSG-REAL MADRIDAFP

    8Construindo um TIME!

    Luis Enrique é um personagem fácil de gostar. Desde a história trágica da perda de sua filha, da qual fala com uma sinceridade admirável, até a forma como responde a toda e qualquer pergunta em entrevistas, ele passa a imagem de um dos "caras do bem" do futebol.

    Mas também sabe ser ácido, direto e, às vezes, um pouco opinativo demais. Foi o que aconteceu quando Mbappé deixou o PSG no ano passado. Luis Enrique sugeriu, repetidas vezes, que o time era melhor sem sua estrela. Muita gente riu. Bom… ninguém está rindo agora, né?

  • psg-klub-wm-1200Getty Images

    9Decepção com mais uma final europeia?

    Uma final entre PSG e Chelsea parece adequada diante do que foi o chaveamento da fase final. Os clubes brasileiros tiveram suas chances, mas desperdiçaram. O PSG precisou passar por Bayern e Real. A montagem dos confrontos teve um quê de aleatório.

    Essa natureza imprevisível gerou bons jogos. Mas ainda assim, há uma ponta de frustração ao ver mais uma decisão totalmente europeia. Depois de tantos discursos sobre igualdade e respeito ao futebol sul-americano, tudo parece voltar ao velho roteiro inevitável.

  • Fanatics Fest NYC 2025Getty Images Entertainment

    10Gianni Infantino conseguiu o que queria

    Não que Gianni Infantino vá se importar, claro. Na verdade, isso provavelmente era o plano desde o início. Houve um pouco de imprevisibilidade. Ele pôde fazer seus discursos sobre a força do futebol sul-americano. A média de público não empolgou tanto, mas as partidas finais entregaram, e a decisão promete casa cheia. No fim das contas, dois dos clubes mais ricos e midiáticos do mundo estão na final. Objetivo alcançado.

  • club world cup trophyGetty Images

    11Mudanças à vista?

    Percebemos que há falhas no formato. Mas se a Fifa buscava um bom teste de conceito, conseguiu. A fase de grupos não empolgou tanto, mas o mata-mata foi, em geral, bom. As grandes estrelas entraram em campo, e houve uma mistura interessante de clima de fim de temporada com pré-temporada que deu ao torneio um bom charme. Certamente ainda vão surgir questionamentos sobre o nível de competitividade. Mas também: não dá para fazer um Mundial de Clubes sem algumas goleadas inevitáveis. Ajustes virão. Por ora, Infantino e a Fifa acertaram.

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