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Sindicato detona Fifa por ignorar "necessidades básicas dos jogadores" e diz que atletas temem consequências de se pronunciar contra calendários cada vez mais exigentes

  • Jogadores se incomodam com calendário
  • FIFPRO rasga críticas à Fifa
  • Diz que muitos atletas temem punições
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  • O QUE ACONTECEU?

    A secretária-geral da FIFPRO, Alex Phillips, afirmou que muitos dos 66 mil jogadores e jogadoras representados pela entidade em todo o mundo estão preocupados com a falta de descanso e com a carga excessiva de jogos ao longo da temporada. Segundo ela, há também um receio generalizado de retaliação caso os atletas se manifestem publicamente sobre o tema.

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  • Real Madrid CF v Borussia Dortmund: Quarter-final - FIFA Club World Cup 2025Getty Images Sport

    O QUE PHILLIPS DISSE

    “Os jogadores têm medo de falar porque não têm poder. Alguns, no topo, têm dinheiro, mas 99% deles só têm voz por meio do sindicato. Antes do Mundial de Clubes, conversei com grandes estrelas que diziam não ter descanso havia meses. Um deles me disse: ‘só descanso quando me machuco’. Outros já estavam cínicos, resignados. E duas semanas depois, os mesmos atletas gravam vídeos elogiando o torneio porque os clubes pedem, faz parte do trabalho. É uma situação contraditória. Eles podem falar, mas sabem que isso pode ter consequências”, relatou Phillips.

  • O CONTEXTO

    A FIFA, por sua vez, reagiu em tom duro e afirmou estar “extremamente decepcionada com o tom cada vez mais divisivo e contraditório adotado pela liderança da FIFPRO”. Em comunicado, a entidade declarou: “O futebol precisa de união, não de divisão. Os jogadores merecem ação, não retórica. A FIFA seguirá adiante com aqueles que realmente querem o melhor para o futebol. Cabe à FIFPRO responder a esse chamado”.

    A tensão entre as partes cresce justamente em meio a uma temporada que tem levado atletas à exaustão, como destacou o volante Rodri, do Manchester City, ao ameaçar greve por conta da maratona de jogos – agravada com a realização do Mundial de Clubes neste verão europeu. Além disso, segundo a imprensa britânica, a FIFPRO sequer foi convidada para uma reunião recente sobre bem-estar dos jogadores promovida pela FIFA – algo que já teria ocorrido outras vezes.

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    O QUE VEM POR AÍ?

    Enquanto o impasse persiste, os atletas seguem no limite físico. Campeão mundial no dia 13 de julho, o Chelsea, por exemplo, estreia na Premier League apenas 35 dias depois e já afirmou que fará pré-temporada mais curta por conta do calendário apertado.