Seis motivos que levam o Manchester United sofrer para fazer gols

O principal alvo do United no verão era um atacante, e Rasmus Hojlund acabou sendo o homem que eles escolheram para liderar o ataque nos próximos anos, optando por contratar o jogador de 20 anos por 72 milhões de libras (R$ 445,5 milhões) da Atalanta em vez de gastar ainda mais com Harry Kane.

No entanto, a grande esperança de ataque do United chegou com uma lesão nas costas e ainda está esperando para fazer sua estreia. Hojlund mede 1,90 m e é um jogador de velocidade e força explosivas, o que o tornará um trunfo quando se recuperar, possivelmente a tempo de viajar para o Arsenal em 3 de setembro.

O United passou a maior parte da última temporada sem um atacante adequado devido aos problemas de condicionamento físico de Anthony Martial, aos problemas e à eventual saída de Cristiano Ronaldo e à falta de habilidade de Wout Weghorst. De fato, o holandês foi frequentemente escalado como camisa 10 em vez de camisa 9. Portanto, não é de surpreender que o United seja assombrado pelos mesmos problemas na frente da temporada passada até que Hojlund faça sua tão esperada estreia.

Outra consequência da contusão de Hojlund é que Marcus Rashford teve de ser o substituto do centroavante. A última temporada foi a mais goleadora da carreira de Rashford, mas seus melhores momentos aconteceram quando ele atuou pelas pontas.

Rashford teve de ser o centroavante nas duas primeiras partidas da atual temporada e não pareceu estar em sua forma habitual. Ele deu quatro chutes contra o Wolves, mas três deles foram bloqueados. Ele teve três oportunidades contra o Spurs, uma delas bloqueada, uma defendida por Guglielmo Vicario e a outra, uma cabeçada livre após um cruzamento de Bruno Fernandes, passou por cima do travessão.

Quando foi substituído, ele foi visto irritado no banco de reservas. O atacante que marcou 30 gols na última temporada tem um total de dois chutes a gol até agora nesta campanha, e o retorno de Hojlund também não deve chegar cedo o suficiente para ele.

O United sempre foi conhecido por suas jogadas empolgantes pelas pontas, mas seus jogadores de linha têm tido dificuldades para se movimentar, enquanto Rashford jogando centralizado é apenas parte do problema. Antony ainda tem muito a provar depois de uma temporada de estreia pouco empolgante, na qual marcou apenas quatro gols na Premier League e deu apenas duas assistências.

Antony não teve um bom início na temporada atual, acertando a trave em uma boa oportunidade contra o Spurs e criando poucas oportunidades de gol contra o Wolves. Alejandro Garnacho, que brilhou na última temporada, também foi decepcionante e só reforçou o argumento de que ele é muito mais eficiente como reserva do que como titular.

Jadon Sancho merece ser titular no lugar de Garnacho contra o Forest, depois de ter sido reserva nos dois primeiros jogos, mas ele parece ter perdido a confiança e o brilho na maioria de suas aparições desde que se transferiu do Borussia Dortmund.

Embora o United não tenha jogado bem nos dois primeiros jogos, pelo menos criou chances, o que indica que a razão pela qual marcou tão poucos gols se deve mais à incapacidade de finalizar as jogadas do que de criá-las. Contra o Tottenham, o time deu 14 chutes a gol no primeiro tempo, mais do que em qualquer jogo fora de casa desde que enfrentou o Blackburn Rovers em outubro de 2008, quando era o atual campeão da Premier League e da Europa.

Rashford e Antony desperdiçaram boas oportunidades, mas a mais clara coube a Fernandes, que cabeceou por cima do travessão depois de um cruzamento perfeito de Luke Shaw. Após o jogo contra o Tottenham, Ten Hag enfatizou a importância de marcar o primeiro gol na Premier League.

Começar de forma promissora, mas não aproveitar as chances e perder foi um tema familiar na última temporada, com o United pagando um preço alto por sua displicência contra o West Ham e o Brighton, em particular. O time deve criar oportunidades contra o Forest, mas precisa aproveitá-las.

O primeiro negócio de Ten Hag foi a contratação de Mason Mount, uma jogada que deixou mais do que alguns torcedores e observadores perplexos, mas que o holandês insistiu que tornaria o United muito mais dinâmico. Mount teve dificuldades para se adaptar e agora não estará disponível pelo menos até depois da data Fifa de setembro devido a uma lesão na coxa.

Mount não impressionou durante a pré-temporada e achou os jogos oficiais ainda mais difíceis. Ele tem jogado em uma posição mais profunda do que a que estava acostumado no Chelsea, ao lado de Bruno Fernandes. A posição teve o duplo efeito de tornar o United mais vulnerável defensivamente, já que Casemiro parece estar isolado, e tornou o time mais contundente no ataque.

O meio-campista inglês deu apenas 26 toques contra o Spurs, a décima menor quantidade entre os 11 jogadores do United que começaram jogando. Ele também não conseguiu dar um único toque na área adversária.

Outro ponto de preocupação nos dois primeiros jogos do United é o cansaço de alguns jogadores. Os Red Devils jogaram 62 partidas na última temporada e alguns membros da equipe pareciam estar esgotados em junho. Alguns jogadores, em especial Casemiro, agora parecem estar em um estado semelhante de cansaço depois de apenas duas partidas.

O United não se ajudou organizando uma campanha de pré-temporada exaustiva, jogando oito amistosos no espaço de 25 dias em cinco países. A maior parte dos preparativos ocorreu nos Estados Unidos, onde o time cruzou o país, visitando quatro estados diferentes.

Embora essas turnês tenham um enorme valor comercial para o United, o objetivo principal de uma campanha de pré-temporada é preparar os jogadores para jogos competitivos, e a turnê parece ter tido o efeito oposto.

"Tem sido bom, mas foram muitos jogos e muitas viagens", disse Christian Eriksen após a derrota para o Borussia Dortmund em Las Vegas. "Esperávamos uma pré-temporada difícil, mas provavelmente temos viajado demais. Jogar em lugares diferentes tem que acontecer e nós nos adaptamos, mas todos estão felizes em voltar para casa."